Levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, estima uma produção total de grãos em 23,3 milhões de toneladas, índice 4% maior do que na safra 2017/18, que chegou a 22,5 milhões de toneladas. As chuvas ocorridas nas últimas semanas foram o principal fator de influência na safra paranaense neste mês. Mesmo com o excesso de umidade para a época, as lavouras de soja mantêm um bom desenvolvimento.
Até o momento, cerca de dois terços da soja já está plantada, com estimativa de produção 3% maior do que na safra anterior. O plantio do milho também está na reta final, podendo chegar à produção de 3,2 milhões de toneladas.
TRIGO – A colheita do trigo da safra 2017/18 evoluiu para 77% da área, beneficiada pelo reaparecimento do sol no último fim de semana. Porém, as chuvas do último mês prejudicaram o andamento da colheita, ainda que os números sigam praticamente dentro da normalidade.
A estimativa de produção segue em 2,9 milhões de toneladas neste mês, no entanto abaixo da expectativa inicial devido ao período seco do primeiro semestre.
Os preços recuaram nos últimos dois meses, e estão cotados atualmente em torno de R$ 42,00 a saca de 60kg, valor 30% superior ao do ano passado. Apesar disso, a alteração na qualidade do produto deve gerar descontos, prejudicando a rentabilidade do produtor, de acordo com o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho.
SOJA – Mesmo com um leve atraso no plantio devido ao excesso de chuvas, as lavouras de soja se mantêm em boas condições nesta safra. Até o momento, cerca de 60% da área já foi semeada, valor próximo da média das últimas safras, que é de 64%. O fenômeno El Niño, previsto para 2018, contribui para uma boa expectativa de produção. “As quebras de safra são mais comuns nos períodos de seca”, disse o chefe do Deral, Marcelo Garrido.
A área da soja na safra 2018/19 está estimada em 5,45 milhões de hectares, sem grandes variações com relação ao ano passado. A estimativa de produção é de 19,6 milhões de toneladas, 3% maior do que na safra anterior, o que representa uma recuperação na produtividade. A saca de 60 kg está sendo comercializada a R$ 77,00, preço 28% maior do que o registrado em outubro de 2017.
MILHO – O Deral mantém a estimativa de 3,2 milhões de toneladas para a 1ª safra de milho 2018/19. A área semeada neste ciclo é de 352 mil hectares. Cerca de 90% da área está plantada, faltando aproximadamente 30 mil hectares, que devem ser plantados nas próximas semanas.
Os preços registrados no mercado interno são de R$ 28,00 por saca de 60 kg – uma alta de 40% se comparado ao mesmo período do ano passado. Esta alta é sustentada principalmente pela variação cambial e a situação de menor oferta no mercado doméstico.
No mercado externo, os preços subiram apenas 6%. “A comercialização encontra-se num ritmo mais lento do que o esperado”, afirma o técnico do Deral, Edmar Gervasio.
FEIJÃO – A cultura do feijão da primeira safra 2018/19 tem 79% da sua área plantada no Paraná. As chuvas de outubro atrapalharam os trabalhos de implantação das lavouras em praticamente todas as regiões do Estado e segundo o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Alberto Salvador, o tempo instável das últimas semanas tem gerado inquietação nos produtores.
Apesar do excesso de umidade ter ocasionado aumento de doenças e pragas em pontos isolados, 86% das lavouras se encontram em boas condições, 13% em condições médias e apenas 1% em condições ruins.
A estimativa de produção para a safra 18/19 é de 329 mil toneladas em uma área semeada de 167 mil hectares.
Os preços do feijão de cor recebidos pelos produtores paranaenses em outubro giram em torno de em R$ 95,00 a saca de 60kg. Já o feijão preto, que no Paraná corresponde a cerca de 60% da área, é comercializado por volta de R$ 127,00 a saca de 60 kg.
MANDIOCA – SAFRA 2017/18 – Cerca de 84% da mandioca produzida na safra 2017/18 está colhida, embora o clima instável tenha dificultado esta prática. A comercialização segue os bons índices das últimas três safras.
SAFRA 2018/19 – 95% da área estimada para a safra 2018/19 já está plantada. Ocorreu um crescimento de 8% na área – passando de 142 mil hectares, na safra anterior, para 154 mil hectares em 2018/19. “O plantio está dentro do previsto e as lavouras mantêm bom desenvolvimento”, diz o economista do Deral, Methodio Groxko. De acordo com a estimativa do Deral, a produção de mandioca vai passar de 3,4 milhões para 3,8 milhões de toneladas, um aumento de 11%.
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