Os imóveis com preços até R$ 190 mil e pelo menos dois quartos têm ganhado volume em empreendimentos novos e em construção no Brasil. Parte deste crescimento está relacionada a melhores condições de aquisição, especialmente pelas vantagens do programa Minha Casa Minha Vida. O programa federal de crédito habitacional é uma oportunidade para solteiros, recém-casados e até famílias com filhos – e renda a partir de R$ 2 mil – para a aquisição de imóveis econômicos, pelas condições de compra e futura valorização.
Para os compradores enquadrados nas condições do programa, é a chance de trocar a despesa do aluguel pela casa própria, incrementando o patrimônio. “Ao final do financiamento, ao invés de ter acumulado um gasto relevante com aluguel, a pessoa terá um imóvel em seu nome, além da segurança e conforto da casa própria. Também vai se beneficiar da valorização do imóvel, tornando-o um bom investimento. Para isso, é fundamental escolher bem, para que os benefícios futuros esperados não acabem se tornando fonte de dor de cabeça”, comenta Marcelo Lage, sócio da Valor Real Construções.
Famílias com aluguéis na faixa de R$ 700 a R$ 1,2 mil, por exemplo, com uma renda de R$ 2 mil a R$ 7 mil, podem trocar o aluguel pela parcela do financiamento do imóvel próprio. “Para um cliente que paga hoje um aluguel de R$ 800, este mesmo valor pode ser convertido no pagamento das parcelas do imóvel que, ao final do contrato, será dele, contra uma despesa recorrente com a locação”, recomenda Lage.
Menos juros, mais crédito
A retomada do mercado imobiliário está relacionada à queda dos juros e a maior oferta de crédito. “A leitura é que o segmento de imóveis ’econômicos’ foi menos impactado que as demais faixas, durante a crise. Trabalhamos com um mercado que atende uma parcela relevante da população, e que historicamente encontrava dificuldades em materializar este sonho. Comprando na planta esse sonho se torna viável”, comenta Lage.
Pesquisa recente da Ademi-PR, divulgada pela Brain Consultoria e Inteligência Imobiliária, traz números que reforçam a visão sobre os “econômicos”. O levantamento aponta que em 2017 foram lançadas 4.355 unidades residenciais de até R$ 215 mil, e vendidas 2.604, totalizando 60% da disponibilidade. Já o ticket médio ficou em R$ 175 mil. Em 2018, o padrão “econômico” representa R$ 11,5% da disponibilidade dos apartamentos novos em Curitiba. A média de oferta existente é de 22,1% entre as outras quatro faixas consideradas no estudo.