Modalidade semipresencial começou a ser implantada em 2016 na Universidade, que planeja levar educação a todas as regiões do país
A chegada das novas tecnologias às salas de aula e a necessidade da construção de novas competências na formação dos estudantes fizeram com que a Universidade Positivo, de Curitiba (PR), repensasse todo o modelo de Ensino Superior e começasse a implantar o conceito de metodologias ativas utilizando modelagem de sala de aula invertida – em que o professor em sala de aula funciona como coach e dinamizador de construção coletiva de conhecimento entre seus alunos e o estudante aprende a base teórica a ser aplicada em sala de aula em qualquer lugar, mediado pelas tecnologias digitais.
De acordo com o pró-reitor Acadêmico da Universidade Positivo e diretor da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), Carlos Longo, a modalidade híbrida ou semipresencial, embora seja considerada como futuro da educação, já é uma realidade e uma forma eficaz de responder aos desafios de formação de profissionais egressos do Ensino Superior.
Para ele, as empresas procuram profissionais que tenham construído em sua trajetória acadêmica outras competências, além dos conhecimentos técnicos de sua área. “A autonomia e a capacidade de solução são alguns dos principais focos de interesse das organizações. O ensino híbrido desenvolve nos estudantes habilidades interpessoais como criatividade, negociação, gestão do tempo, iniciativa e ritmo de aprendizagem. Ele promove a integração das experiências empíricas trabalhadas na presencialidade em sala e laboratórios com o acesso formal aos conteúdos mediado pela tecnologia digital. Desenvolve a autonomia e otimiza o tempo que os estudantes utilizam para aquisição de informação”, afirma o pró-reitor.
Em geral, em uma aula presencial tradicional se utiliza 40% ou mais do tempo para equalizar informações conceituais, o que no modelo híbrido ocorre antes da aula presencial, liberando o tempo em sala ou nos laboratórios para as experiências de aprendizagem. Segundo Longo, apesar do ensino híbrido ainda não ter sido regulamentado pelo Ministério da Educação, que ainda considera somente as modalidades presencial e a distância, a transformação deverá ser sentida com muita força a partir dos próximos anos.
De acordo com o Censo EAD da Abed, em 2013 havia menos de 190 mil matrículas em cursos superiores ofertados de forma semipresencial no país – ou seja, menos de 2% do total de alunos matriculados. Longo prevê que, para 2019, a oferta de cursos de graduação semipresenciais deve crescer de forma exponencial. “Nosso plano é que até 2022 toda a universidade seja híbrida”, afirma o pró-reitor. Sediada em Curitiba (PR), a Universidade Positivo tem hoje oito cursos a distância e 15 semipresenciais. Entre os cursos presenciais da universidade, o conceito de ensino híbrido se concretiza com 38 disciplinas 100% online cursadas pelos alunos dos cursos presenciais. Em 2019, já serão 22 cursos semipresenciais.
Ainda de acordo com Longo, o ensino híbrido é uma ferramenta importante para ampliar as vagas no Ensino Superior. “Dados da Unesco mostram que haverá 430 milhões de pessoas entrando na educação superior em 2030. Se nada for feito, não haverá nem sala de aula, nem professor em número suficiente. Serão bem-sucedidas as universidades que souberem criar caminhos que permitam atender com mais eficiência às necessidades dos alunos e da sociedade atual”, avalia.
EAD
A Educação a Distância cresce a passos largos no Brasil. Em 2004, havia 60 mil estudantes matriculados nessa modalidade de ensino. Em 2016, a modalidade disparou, atingindo um total de 1,5 milhão de matriculados. Mesmo com a crise política e econômica dos últimos anos, dados da Abed mostram que a modalidade a distância foi a única que apresentou crescimento de matrículas no Brasil e, hoje, são 1,8 milhão de alunos. O número de polos cresceu ainda mais: do final de 2017 para cá, passou de 6 mil para mais de 15 mil em todo o Brasil.
A Universidade Positivo segue a mesma tendência e, com um total de 45 polos em nove estados do Brasil, além do Distrito Federal, a instituição pretende abrir 25 novos polos até o final do ano e, em 2019, as metas são ainda mais arrojadas. “Por termos o conceito máximo do MEC, podemos abrir 250 polos por ano. Desta forma, estamos estudando as melhores parcerias para levar educação de qualidade para todo Brasil”, adianta o pró-reitor.
A expansão não só possibilita uma ampliação e flexibilização do ensino, como leva a educação a um maior número de pessoas em diversas regiões do país. “Esse crescimento no número de alunos de EAD no ensino superior tem forte poder de transformação social, pois envolve pessoas que, de maneira geral, trabalham e sustentam suas famílias e que dificilmente poderiam cursar o Ensino Superior presencial. Além disso, por alcançar com mais facilidade diferentes regiões do país, oferece a oportunidade de qualificação para uma população que vive em cidades menores, o que por si só é muito importante, pois favorece um desenvolvimento mais homogêneo do país”, ressalta Longo.
Sobre a Universidade Positivo
A Universidade Positivo concentra, na Educação Superior, a experiência educacional de mais de quatro décadas do Grupo Positivo. A instituição teve origem em 1988 com as Faculdades Positivo, que, dez anos depois, foram transformadas no Centro Universitário Positivo (UnicenP). Em 2008, foi autorizada pelo Ministério da Educação a ser transformada em Universidade. Atualmente, oferece 61 cursos de Graduação presenciais, três programas de Doutorado, quatro programas de Mestrado, mais de 150 programas de Especialização e MBA, cinco cursos de idiomas e dezenas de programas de Extensão. A UP conta com sete unidades em Curitiba, uma unidade em Londrina (PR), uma unidade em Joinville (SC), além de polos de Educação à Distância (EAD) em mais de 30 cidades espalhadas pelo Brasil. É considerada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação (MEC), a melhor universidade privada do Paraná, pelo sexto ano consecutivo.