Evento acontece na PUCPR sob a organizaรงรฃo do IBRAEDP e Programa de Pรณs-Graduaรงรฃo em Direito de diversas universidades brasileiras, com apoio do IPDA – Instituto Paranaense de Direito Administrativo
โAgenda 2030 รฉ a nossa declaraรงรฃo global de independรชncia, de autonomia e emancipaรงรฃo, enquanto raรงa humanaโ. A afirmaรงรฃo feita pelo secretรกrio-geral da ONU, Antรณnio Guterres, deu inรญcio ร apresentaรงรฃo do professor Josรฉ Sรฉrgio Cristรณvam (UFSC), que abriu o segundo dia do VIII Congresso Internacional de Direito e Sustentabilidade, que acontece na PUCPR.
O painel โTendรชncias internacionais e Agenda 2030 da ONUโ contou ainda com a participaรงรฃo do professor Pedro de Menezes Niebuhr (UFSC). A mesa de trabalhos foi coordenada pelo vice-presidente da Federaรงรฃo Brasileira de Associaรงรตes de Auditores Fiscais de Tributos Estaduais, Marcelo Ramos de Mello.
O evento รฉ organizado pelo Instituto Brasileiro de Altos Estudos de Direito Pรบblico – IBRAEDP e Programa de Pรณs-Graduaรงรฃo em Direito de diversas universidades brasileiras, com apoio do IPDA – Instituto Paranaense de Direito Administrativo.
Agenda 2030
O professor Josรฉ Sergio Cristรณvam, prosseguindo sua palestra, qualificou a Agenda 2030 como um plano de aรงรฃo ousado. โConjunto de ideias e aรงรตes de prosperidade planetรกria, ou seja, pensar o planeta como um ser vivo e complexo, mas integradoโ. Ao analisar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentรกvel e as 169 metas contidas no documento, disse que a sua aplicabilidade dรก para ser reduzida em uma frase: โcumpra-se a Constituiรงรฃo Federal de 1988โ. Disse que hรก necessidade de pensar que a Agenda trata-se da busca do equilรญbrio entre direitos e deveres.
โEnquanto procurarmos divergรชncias e diferenรงas pouco avanรงaremos concretamente. Vamos nos permitir ao diรกlogo e aproximar os extremos, buscar o caminho do meio e do equilรญbrio, porqueย sustentabilidade nรฃo pode levar a radicalismosโ, sublinhou o professor. Ele criticou a possรญvel fusรฃo entre os ministรฉrios da Agricultura e Meio Ambiente, e a extinรงรฃo do Ministรฉrio do Trabalho, qualificando as propostas como um descumprimento do Brasil a todos os princรญpios de sustentabilidade presentes no plano global da ONU. โSeriam tendรชncias que nรฃo se coadunariam com a Agenda 2030โ.
Gestรฃo das cidades
Pedro de Menezes Niebuhr falou sobre sustentabilidade na gestรฃo das cidades e destacou o objetivo 11 da Agenda 2030: tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentรกveis. O professor observou que gestores pรบblicos e privados de inรบmeras รกreas podem contribuir para a sustentabilidade nas cidades, a partir, do controle do direito de edificar, da orientaรงรฃo e organizaรงรฃo economia, do estรญmulo ร adoรงรฃo de padrรตes de Produรงรฃo e Consumo Sustentรกveis (PCS), do saneamento bรกsico, da mobilidade e gestรฃo dos espaรงos pรบblicos e da integraรงรฃo cidade-campo.
O professor citou algumas aรงรตes que podem ser implementadas e que ajudarรฃo ao cumprimento desse objetivo e que sรฃo tendรชncias mundiais Entre elas: adequado planejamento territorial, eficiรชncia energรฉtica nas construรงรตes, incentivo fiscal na adoรงรฃo de medidas de sustentabilidade, atraรงรฃo de talentos da economia criativa, estรญmulo ร pesquisa e desenvolvimento (P&D), e ร produรงรฃo e consumo local de alimentos. E tem as mais simples: separaรงรฃo do lixo, proibiรงรฃo do uso de sacolas plรกsticas e de canudos e devolver espaรงos urbanos para as pessoas.