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Nove promessas e um desejo para não passar 2019 no vermelho

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Leide Albergoni*

 

Na passagem do ano, muitas pessoas costumam fazer desejos para o ano seguinte, ou promessas. Que tal usar as promessas a seguir para não passar 2019 no vermelho?   

  1. Prometo anotar tudo o que gastar

Parece uma promessa simples, mas requer muita disciplina. Um caderninho para os analógicos ou um aplicativo para os digitais. Qualquer centavo deve ser anotado, bem como a data do gasto.

  1. Prometo cortar gastos para meu orçamento “caber” na minha renda

Essa promessa complementa a primeira, pois anotar por si só não faz sentido. Com as anotações, é possível analisar gastos desnecessários ou que podem ser evitados para reduzir as despesas. A partir disso, você deve estabelecer uma meta de gastos mensais e dividir semanalmente ou diariamente, para ficar mais fácil de controlar. Determinadas semanas gasta-se mais, em outras menos, então a meta pode variar ao longo do mês.

  1. Prometo controlar meus gastos pelo menos semanalmente

Com base nas anotações, a cada semana você deve analisar os gastos e verificar se cumpriu a meta da semana e o que mais pode ser cortado ou substituído para se manter na meta. De início, é recomendada a análise diária, mas com o tempo pode-se aumentar o intervalo de análise para semanal.

  1. Prometo usar o cartão de crédito com parcimônia

O cartão de crédito é um excelente instrumento de planejamento financeiro com baixo custo. É possível comprar itens parcelados e estabelecer limites de gastos mensais para evitar cair no cheque especial. Porém, deve ser usado como se fosse seu dinheiro daqui a 1 mês: os gastos da fatura devem caber no seu orçamento para que você possa pagá-la integralmente.

  1. Prometo pagar a fatura integral do cartão de crédito

Pagar o valor mínimo, jamais! As taxas de juros do cartão de crédito são as maiores do mercado. Pague o valor integral e sacrifique algo do seu gasto mensal. Esse exercício te ajudará a pensar melhor antes de passar o cartão da próxima vez.

  1. Prometo controlar minha conta corrente pelo menos 3 vezes por semana para não cair no cheque especial

O cheque especial é a linha de crédito que tem a segunda maior taxa de juros. Então fique de olho na sua conta corrente e evite usar essa opção. Caso você não utilize cartão de crédito, prefira fazer compras em dinheiro ao cartão de débito, pois a sensação do dinheiro físico saindo de sua carteira é mais impactante do que olhar um número no aplicativo do celular ou no computador.

  1. Prometo planejar minhas compras e não comprar coisas por impulso

Quem nunca comprou aquela blusa na vitrine e depois se arrependeu? Não se deixe enganar pelas palavras “oferta” e “desconto”, pois você economiza mesmo é se não comprar por impulso. Planeje suas compras e o momento de realizá-las para aproveitar os “descontos”. Olhe as vitrines, anote os preços do que gostou e volte quando iniciar a temporada de descontos. Se a paixão surgir, dê a volta, sente-se em um local isolado e faça uma lista de motivos para comprar e uma para não comprar. Não vale “eu preciso”, pois se você realmente precisasse estaria em sua lista de planejamento.

  1. Prometo guardar meu 13º de 2019 para pagar à vista as contas de 2020

Sim, o planejamento de 2020 começa em 1º de janeiro de 2019! Com o orçamento equilibrado, você decide o que fazer com seu 13º salário e a melhor opção é poupar para o futuro. A segunda melhor opção é usar para pagar à vista as contas de início de ano de 2020.

  1. Prometo reservar pelo menos 10% da minha renda mensal para poupança

O ideal é viver na regra 80/20, isto é, viver com 80% do que ganha e poupar 20% para o futuro. Mas 10% já é um bom começo. A poupança é um planejamento e deve ser um dos “compromissos” mensais anotados em seu planejamento financeiro. Não espere sobrar, o primeiro “gasto” do mês é com seu futuro.

  1. Desejo curtir 2019 sem culpa

Gastar é tão bom quanto comer, mas já imaginou gastar sem sentir a culpa de ter se excedido depois? Então curta 2019 com seu orçamento sob controle!

 

*Leide Albergoni é professora da Universidade Positivo (UP) e autora do livro Introdução à Economia – Aplicações no Cotidiano.

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