Marco Antonio Neves destaca os principais desafios e oportunidades no setor
Segundo o Banco Mundial entre as principais economias mundiais, o Brasil apresenta a maior concentração rodoviária de transporte de cargas e passageiros. Isso porque que 58% do transporte no país é feito por rodovias. Na Austrália o número chega a 53%, na China 50%, Rússia 43% e no Canadá 8%. O crescimento da oferta de serviços, as mudanças na legislação e no governo apresentam desafios no setor logístico em 2019. Especialistas apontam algumas tendências para o ano e todas com o mesmo objetivo: otimizar tempo, recursos e melhorar processos:
Além de tendência, a logística reversa se tornou uma necessidade econômica e ecológica. Ela trata do retorno de produtos, embalagens ou outros materiais desde o consumidor até o local de origem. Com a Lei 12.305/10, as empresas devem dar um fim correto para os seus resíduos sólidos e contribuir na preservação do meio ambiente.
“Algumas Transportadoras e Operadores Logísticos, dado o volume movimentado, desenvolvem o RLC – Reverse Logistics Center, ou Centros de Logística Reversa. Os benefícios ao cliente são inúmeros. Entre eles: otimização do transporte e maior aproveitamento de materiais devolvidos. Com a simplificação dos processos os custos administrativos também são reduzidos”, conta Marco Neves, consultor e especialista em logística.
- Logística reversa
A logística reversa também está relacionada às melhores técnicas de reutilização e reciclagem dos materiais. Em breve, os resíduos serão cada vez melhor reaproveitados e darão origem a outros produtos ou objetos úteis. O relacionamento entre clientes, distribuidores e fornecedores melhora porque a visibilidade do processo é maior.
2. Acompanhamento em tempo real
As redes de comunicação, cada vez mais rápidas e qualificadas, ligam empresas e clientes do mundo todo de forma instantânea. Atender a essa necessidade é praticamente uma obrigação. De olho nessa realidade, a Transportadora Sulista saiu na frente e implantou o APP MOBILE. A ferramenta permite o acesso de informações sobre a carga em tempo real, com um só click, para os clientes. “No APP, o acesso às informações é rápido e fácil, como o status atual da sua carga até o momento em que ela chega no destino final. Com isso, temos mais transparência e confiabilidade durante o processo logístico”, explica Josana Teruchkin, diretora executiva da Sulista.
3. Entrega agendada
Outro ponto destacado e que se tornou fundamental, é a entrega agendada. A cadeia logística trabalha com o conceito de previsibilidade – acesso ao dia e horário da entrega – há bastante tempo. Mas, para o consumidor final isso ainda é novidade.
“Na indústria automotiva, o JIT – Just in Time – é um processo corriqueiro, mas que demanda controle e automatização. No Brasil, a Sulista é uma das empresas que têm investido e se diferenciado nesse sentido. Desde o ano 2000 trabalha com janelas fixas de coleta e entrega”, conta Marco Antonio. Com um sistema automatizado e mais visibilidade proporcionada pelos Centros de Controle em Transportes, o cliente ganha autonomia. Além disso, não depende da disponibilidade do vendedor para realizar sua entrega.
4. Sustentabilidade
Segundo o relatório DHL Trend Research, o mercado logístico tem se mostrado mais consciente quando o assunto é sustentabilidade. Iniciativas como compartilhamento de frete, otimização de rotas e manutenção preventiva dos caminhões em dia diminuem os riscos de acidentes. As emissões de poluentes também reduzem expressivamente. No Japão, Alemanha e França, a média de idade da frota está em 7 anos. Já no Brasil este índice é de 16,8 anos. Um estudo da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) mostra que os caminhões velhos elevam os custos do frete. Isso acontece porque eles são mais poluidores do que os novos, provocam mais congestionamentos, quebram e exigem mais manutenção.