por Renan Mesquita, economista e consultor de negócios do Larson Accounting Group, com sede em Orlando, nos Estados Unidos
Ser um empreendedor bem sucedido é o sonho de muitos. Ter seu próprio negócio e assumir as rédeas na condução dos caminhos para a vida profissional é, sem dúvida, uma realidade que muitos brasileiros idealizam quando pensam em abrir um negócio nos Estados Unidos.
Nos anos 1950 quando o economista Joseph Schumpeter utilizou o termo empreendedor pela primeira vez, o definiu como a característica de uma pessoa criativa e capaz de fazer sucesso com inovações. Sim, num mercado cada vez mais competitivo como o da Flórida, por exemplo, inovação, disposição para enfrentar riscos e a persistência são apenas alguns preceitos para assumir o papel de protagonista na vida empresarial.
Kenneth E. Knight e Peter Drucker, no final da década de 1960 e início de 1970, mostram que empreendedor é uma pessoa que arrisca em algum negócio. O processo de criação de algo diferente e com valor onde há a dedicação de tempo e esforços são citados no livro “Empreendedorismo” de Robert Hirsch (1985), consequentemente, o resultado seria a recompensa da satisfação econômica e pessoal.
O que importa destacar, para quem tem esse sonho, é sobre a necessidade da consciência do que se quer, das próprias capacidades e potenciais. Não há receita pronta ou fórmulas definidas de empreender, o que há é uma prévia avaliação de mercado e a assistência de profissionais experientes que possam pontuar as obrigações que esse tipo de negócio requer, assim como, atuar no acompanhamento de todas as necessidades para o bom andamento e condução do seu empreendimento.
Nesse sentido, a palavra de ordem é planejamento. Planejar sua ida e exercício de espírito empreendedor não envolve somente fazer as malas. Profissionais como uma boa contabilidade são essenciais para o começo do desenvolvimento do seu plano de negócios. Práticas contábeis competentes não irão apenas formar sua entidade jurídica, mas serão capazes de auxiliar desde a orientação tributária (quando adquire-se residência fiscal nos Estados Unidos); na análise de negócios pré-existentes e disponíveis para venda – em um processo de Valuation e análise documental chamado Due Diligence – até a realidade diária da operação que requer acompanhamentos periódicos como processamento de folha de funcionário, recolhimento de impostos de circulação e acompanhamento de livro contábil.
Tudo que ultrapasse isso, caberá apenas a você na construção de sua história. Não deixe que a falta de planejamento ou mesmo a ausência na busca de profissionais de alta competência e conhecimento do ambiente de negócios do país e da região acabe resultando em você tornar-se mais um dado para as estatísticas de insucesso.