A Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) divulgou, na tarde desta terça-feira (25 de junho), os dados conjunturais da indústria de máquinas e equipamentos. O faturamento do setor teve alta de 4,7%, em maio, em relação ao mês anterior. Já, no acumulado do ano, o crescimento foi de 15,1%. Um dos fatores que influenciou este percentual positivo foi o fato de que maio do ano passado ocorreu a paralização dos caminhoneiros. Sendo assim, há dúvidas, segundo a Abimaq, que esta melhora seja mantida ao longo dos próximos meses.
O presidente da Associação, João Carlos Marchesan, enfatizou que não vê como hipótese que as reformas da Previdência e Tributária não sejam aprovadas. Para a Associação, as reformas levarão o empresário a voltar a investir, uma vez que hoje, existe uma demanda reprimida. Ressalvou, no entanto, que as reformas farão efeito a médio e longo prazo. “Para que haja um crescimento a curto prazo, serão necessários investimentos do próprio governo e também que se trabalhe em uma agenda no dia seguinte”.
Apesar da alta no faturamento, os dados do PIB no primeiro trimestre deste ano não são animadores e mostraram nova desaceleração da economia, com ela o adiamento de investimentos e até mesmo uma revisão das expectativas para este ano de crescimento, estimada em 5%. Em relação ao número de pessoas empregadas, em 2019 o setor manteve a tendência de recuperação. Até o mês de maio foram criados outros 8 mil postos com um incremento de +0,4%. Atualmente o setor fabricante de máquinas e equipamentos atua com 308.780 pessoas ocupadas.
Exportações – As exportações do mês de maio de 2019 ficaram acima daquelas realizadas no mesmo mês de 2018, mas 6,1% abaixo das realizadas no mês de abril. Os setores que mais contribuíram para esta queda foram: componentes para a indústria de bens de capital (-26,7%); infraestrutura e indústria de base (-3,0%); e máquinas para a indústria de transformação (-2,6%).
Importações – Já as importações tiveram aumento tanto em relação ao mês anterior (abril) com 26,8% positivos, quanto em comparação a maio de 2018 com saldo de 40,5%. Com isso, o resultado acumulado no ano (jan-mai/19) voltou a registrar crescimento (+6,6%) na comparação com o mesmo período de 2018.