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Os dez erros que mais levam empresas à falência no Brasil

O administrador curitibano, Waldemar Dotti, relata as falhas que segue encontrando, depois de meio século de atividades como consultor de empresas. 

E afirma que o problema ainda vai piorar com a onda de empreendedorismo sem embasamento administrativo.

Com cinquenta anos contínuos de trabalho, o administrador de empresas, Waldemar Dotti, afirma que é mais fácil um negócio ir à falência por uma série de pequenos erros, do que por um único grande erro: “O problema é que os efeitos destes pequenos erros não são percebidos pelos donos, até que seja tarde demais para salvar a empresa”, explica.

O consultor lembra também que a proporção de empresas falidas a cada ano é preocupante: “Como exemplo, o Sebrae informa que 27% das empresas paulistas que abrem as portas, acabam fechando antes mesmo de completar o primeiro aniversário. E este número chega a 64% dos negócios em até seis anos”. 

Com tanto tempo de experiência, Waldemar Dotti hoje se dedica a fazer diagnósticos, correção de problemas e recuperação de negócios de seus clientes, como consultor. Ele é especializado em aceleração de lucros. O foco do trabalho está nas médias empresas, que estão enfrentando dias difíceis, diante do quadro da economia.

Para Dotti o crescimento do número de falências tende a se agravar ainda mais pela crescente onda de empreendedorismo, em uma geração que não aprendeu os princípios básicos de administração. Mas que tem muita autoconfiança e pressa, assumindo riscos desnecessários. Ele é procurado principalmente por média empresas em dificuldades de crescimento, e define a sua função como acelerador de lucros. Waldemar Dotti resume os problemas que mais encontrou em sua longa trajetória de consultor, em uma lista com os dez tipos de erros que mais fecham empresas.

Principais erros que quebram empresas:

1 – Não ter um plano de negócios.

É um dos principais erros, por ser um passo fundamental a ser dado antes de abrir a empresa. E leva a decisões financeiras equivocadas e a perda de tempo. Um plano de negócios bem desenvolvido dá mais visão sobre o negócio, e uma análise mais correta de sua viabilidade.

2 – Desconhecer o mercado em que irá atuar.

Muitas pessoas acabam por deixar o seu emprego para empreender, mas erram na escolha do nicho de mercado. O exemplo visto em uma outra região que deu resultados, não é garantia que vai funcionar em outra. Entrar em um mercado em que o profissional já tenha conhecimento é muito mais seguro, com mais chances de sucesso.

3 – Misturar as finanças da empresa com a pessoal.

Deve ficar bem claro que as finanças pessoais são uma coisa (Pessoa Física), e as da empresa são outra (Pessoa Jurídica). O correto é o dono se colocar apenas como se fosse um colaborador de sua empresa, com um pró-labore definido. E não confundir o pró-labore com o lucro da empresa. As vantagens e benefícios existentes em grandes empresas, como empréstimos e carros, não devem ser utilizadas em benefício dos donos. O papel da empresa é gerar lucros. E os lucros futuros é que vão trazer os benefícios pessoais. O dinheiro da empresa deve ficar reservado para situações de queda nas vendas, e crises econômicas. E como capital de giro.

4 – Contratar pessoas sem a competência necessária.

Este é um dos erros mais graves, e ocorre muito quando se contrata amigos e familiares para cargos de responsabilidade, sem que eles tenham preparo. Contando também com as brigas, que geralmente acabam com as empresas de gerenciamento familiar. Em qualquer atividade na empresa, o colaborador realmente deve ser capacitado para isso. Este erro é mais difícil de ser identificado, e geralmente só aparece quando já é tarde. Em um mercado competitivo, as empresas precisam dos melhores profissionais nos cargos chave.

5 – Não estabelecer metas aos colaboradores.

Deixar de definir metas aos gestores e colaboradores é um erro, pois é através disso que a empresa vai ficar mais eficiente e competitiva. Mas devem ser metas com objetivos alcançáveis para os colaboradores, e com apoio, treinamentos, cursos ou bolsas de estudo.

6 – Tomar decisões sem planejamento e conhecimento dos riscos. Este erro é muito comum entre pequenos empresários, principalmente aqueles que não tem ao menos algum conhecimento sobre a administração de negócios. Decisões precipitadas e falta de planejamento podem gerar grandes prejuízos.  E se o negócio já está crescendo, e o dono não tem o devido conhecimento de planejamento, é hora de contratar um profissional com capacitação e experiência. Sem isso, apenas uma decisão errada na contratação de pessoas, compra de máquinas, ou lançamentos de novos produtos, podem quebrar a empresa.

7 – Tomar empréstimo ou financiamento sem receita assegurada para o pagamento.

A falta de planejamento, de atualização com as notícias da economia e a precipitação, que levem a um financiamento sem uma análise profunda sobre o retorno, é um erro muito grave. Empresas novas, que fazem grandes financiamentos, podem comprar máquinas que fiquem ociosas, gerando prejuízos e não lucros, o que é um motivo frequente de falências. É importante fazer o mínimo de financiamentos possível. Muitas vezes criar mais um turno de trabalho, tirando mais produtividade das máquinas, é muito mais econômico do que comprar ainda mais máquinas.

8 – Não ter respeito pelos colaboradores

Perder o respeito com os próprios colaboradores é muito prejudicial para o sucesso do negócio. Isso reduz o desempenho e o estímulo da equipe. O colaborador também é um cliente interno, e o principal aliado. E deve ser valorizado e respeitado.  Mas não se deve deixar que eles confundam o bom relacionamento com uma amizade pessoal. A relação é de parceria profissional.

9 – Colocar todos os ovos em uma cesta só.

Fazer investimentos ou aquisições pensando em apenas um determinado tipo de cliente é arriscado.  É melhor ter vários tipos de clientes, e um mix de produtos. Empresas que segmentam demais o seu público, entram em crise com as mudanças do mercado e da economia.

10 – Achar que sabe e pode tudo.

Este é um dos piores erros que um empresário pode cometer. E o que mais rapidamente pode levar à falência. O risco aparece quando o ego fala mais alto nas decisões importantes.  As leis trabalhistas ainda são rígidas, e a fiscalização mais presente. E ainda tem a nota fiscal eletrônica, que controla todo o sistema. O proprietário deve reconhecer quando a sua situação administrativa passa a ser complexa, e contratar quem realmente entende do assunto. E saber quando é hora passar o bastão do comando para alguém competente.

Serviço:

Waldemar Dotti

wdotti@brturbo.com.br

<maquinaassessoriadeimprensa@gmail.com>

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