O entra e sai de lugares quentes e frios pode pode prejudicar a saúde respiratória, otorrinolaringologista do HNSG esclarece sobre o assunto.
Oscilar entre ambientes frios e quentes durante o dia é muito comum. Em busca do próprio conforto térmico, há quem ligue o ar-condicionado em temperaturas mínimas ou extremas. Como consequência, gripes, sinusites e amigdalites e outras doenças respiratórias podem surgir. “Porém não é o uso do ar-condicionado que faz mal e, sim, as variações bruscas de temperaturas, excessivamente quente ou fria, que são fatores de agravo para crises alérgicas”, comenta a otorrinolaringologista pediátrica do Hospital Nossa Senhora das Graças, Dra. Scheila Sass.
De acordo com a médica o entra e sai de lugares quentes e frios é prejudicial ao organismo e pode agravar uma série de problemas respiratórios. “O choque térmico mexe com a liberação de hormônios. Com o tempo, a exposição ao quente e ao frio desequilibra o sistema hormonal, causando alergias e deixando o sistema imunológico mais fragilizado”, afirma a otorrinolaringologista. A médica orienta que, o sair de um ambiente quente para outro frio, a pessoa deve colocar um agasalho para evitar a mudança brusca. “É preciso esperar até que a temperatura do corpo se equilibre”, comenta.
No carro, o uso de ar-condicionado também deve ser usado com moderação. “Pode ser usado desde que as saídas de ar não estejam diretamente apontadas para o rosto. Para fazer um bom uso do aparelho basta usá-lo numa temperatura não muito alta ou baixa, manter a limpeza dos filtros, e trocá-lo a cada 10 mil km”, diz a médica.
Coceira, espirro, coriza e obstrução nasal são os principais sintomas da maioria dos quadros alérgicos. Para combater o ressecamento da umidade do ar provocado pelo uso do ar, a médica indica manter a mucosa nasal bem hidratada com uso de soro fisiológico e a ingestão de bastante água. Essa atitude é importante porque o ressecamento das mucosas pode piorar as alergias respiratórias .
O QUE ACONTECE NO ORGANISMO
Do calor para o frio:
Nariz, mãos e pés são os primeiros a ficarem gelados, porque o corpo faz esforço para levar o sangue quente das extremidades para os órgãos vitais.
O coração bate mais devagar, previligiando a circulação entre os órgãos vitais.
A pressão aumenta.
A respiração fica mais acelerada porque precisa aumentar o oxigênio no sangue.
Para diminuir a perda de calor para o ambiente, o organismo aciona os pelos que se arrepiam.
Alimentos e bebidas quentes funcionam como fontes externas de energia e hidratação.
Agasalhos agem como isolantes térmicos, contendo a queda da temperatura.
Do frio para o calor:
O rosto fica corado e e mãos e pés inchados, porque para levar o sangue quente para os órgãos internos, há dilatação dos vasos sanguíneos.
O coração bate mais rápido, acelerando a circulação do sangue.
A pressão diminui.
A respiração se itensifica.
Para perder calor o corpo produz mais suor. Quanto maior a temperatura, mais as glândulas sudoríparas trabalham. Em excesso essa perda pode causar desidratação. <imprensa@hnsg.org.br>