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Microcervejarias reduzem em 20% o custo de exportação utilizando barris de PET

Microcervejarias reduzem em 20% o custo de exportação utilizando barris de PET

O uso de barril de PET 100% nacional para o transporte e armazenamento de cerveja artesanal está reduzindo em 20% o custo das microcervejarias e ampliando a possibilidade de exportação da bebida para outros estados e países.

Desde o início deste ano, Europa, Estados Unidos e Argentina estão recebendo cervejas brasileiras exportadas no barril feito de PET, fabricado em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba. Ao todo, mais de 150 cervejarias no Brasil e exterior compram o produto para armazenar e transportar cerveja.

Competitividade – A entrada e a aceitação do Beerkeg no mercado internacional se deve a alguns fatores decisivos para os fabricantes de cervejas, redução nos custos.

O empresário André Franken, da cervejaria Startup Brewing, de Itupeva , em São Paulo, – que produz cerca de 70 mil litros e passou a utilizar cerca de 600 barris de PET da Beerkeg mensalmente – conta que as vantagens foram imediatas na escolha do novo barril.

“Tivemos 20% de economia se comparado ao outros barris”, afirmou André. Ele enumera ainda outras vantagens. “O modelo novo ficou mais ergonômico, compacto, permite empilhamento e trouxe redução no custo de armazenamento e do transporte devido ao peso, incomparavelmente menor”, afirmou.

Recentemente a Servus Bier exportou 720 litros de cervejas especiais para Viena, na Áustria, usando os Beerkegs. Segundo o gerente comercial, Saulo Imparato, os barris de PET representam o diferencial nas operações de exportação. “São a única forma de exportar. Se fossemos usar o barril de inox, teríamos que pagar mais caro pelo barril e arcar com os custos de trazê-lo de volta”, pontuou. As bebidas foram enviadas para um festival chamado Braukultur – Wochen, organizado pela cervejaria Ottakringer.

NÚMEROS

Segundo o Ministério da Economia, a exportação de cerveja brasileira movimentou US$ 88,47 milhões, em 2018. São cerca de 135 mil litros. Em 2019, o mês com maior exportação de cerveja foi abril, com US$ 8,74 mi movimentados pelo mercado nacional.

O último levantamento realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aponta 679 microcervejarias no país, com a maior concentração no Rio Grande do Sul (142) e São Paulo (124). No mesmo período, o número de novos registros de chopes e cervejas chegou a 8.903.

Uma pesquisa realizada pela Kirin Beer University, divulgada pelo Anuário da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), aponta o Brasil como o 3º maior produtor de cerveja do mundo. As microcervejarias, que produzem cervejas especiais, representam 1% desse mercado, segundo a Associação Brasileira de Bebibas (Ababe).

DIFERENCIAL

O sócio da Beerkeg, Hamilcar Pizzato Neto, afirma que o barril de PET foi idealizado para ser econômico. “Por reduzir custos e simplificar o processo de envase dentro das cervejarias, permite que a produção de cerveja seja maior e os preços menores. Eles já são entregues sanitizados, eliminando gastos com equipamentos e funcionários. Tem pronta entrega, o que acaba com o gasto em espaço para armazenamento. Por ser mais leve diminui o custo do frete e não requer logística reversa”.

Também sócio da Beerkeg, Eduardo de Liz, conta que o barril passou por mudanças recentes “A última versão, geração 8 do nosso barril, melhorou alguns detalhes como a possibilidade de empilhamento e a facilidade para carregar o keg, que ficou mais robusto”, afirma.

A fábrica da Beerkeg fica em Araucária (PR). O produto é vendido em todo o Brasil e exportado para cervejarias de diversos países, com capacidades para 30 litros e 20 litros de chope. <andreza@comunicore.com.br>

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