Por Luiz Carli, Diretor Geral da OKI Data Brasil
Aumentar a produtividade e reduzir os custos sempre foi o grande desafio da gestão corporativa. Esse dilema, porém, vem ganhando um terceiro ponto também importante: garantir que as atividades empresariais gerem o menor impacto possível para o planeta. Mas como fazer isso se a indústria conta com processos que, indiscutivelmente, dependem de recursos naturais?
Para responder essa questão, fabricantes e fornecedores do mercado de impressão estão trilhando uma jornada de renovação e aprimoramento constante. Hoje, além de pontos como qualidade e rapidez, também estão em jogo a busca por novas maneiras de economizar energia e recursos. Esse compromisso tem levado as companhias ao desenvolvimento de tecnologias que possibilitem, por exemplo, a produção de equipamentos livres de chumbo e outras substâncias tóxicas ao ambiente, como o cádmio e cromo hexavalente.
Em busca de novos modelos, o mercado de impressão também tem lançado novos produtos e soluções para continuar ajudando empresas em suas atividades e, ao mesmo tempo, contribuir com ações mais conscientes e sustentáveis em benefício do planeta. A boa notícia é que a tecnologia nos proporciona meios para solucionar essa questão e evoluir para um modelo de desenvolvimento sustentável, que equilibre a ação humana e a preservação do meio ambiente.
Além disso, outra medida essencial para as companhias engajadas com a sustentabilidade é adotar um processo eficiente de destinação de resíduos eletroeletrônicos, que traga resultados positivos para a preservação ambiental, já que a maior parte dos clientes não possui conhecimento, tempo ou ferramentas para realizar o descarte adequado de equipamentos. Investir em centros de reciclagem e estabelecer parcerias com empresas da cadeia de logística reversa é uma postura recomendável com benefícios para todos os envolvidos no processo.
Esse movimento está ganhando cada vez mais força porque os dados são alarmantes. Estudos apontam que apensa 54% dos municípios brasileiros possuem programas de manejo de resíduos sólidos, e os processos de logística reversa ainda têm muito a melhorar no País, a exemplo do que já acontece em mercados maduros como o japonês, o europeu e o americano. Infelizmente, o Brasil é hoje um dos maiores produtores de lixo eletrônico da América Latina, que descarta corretamente menos de 3% dos aparelhos e insumos, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
Os principais fabricantes do mundo já estão avançando nessa jornada de conscientização, simplificando a forma como fazemos a coleta, seleção, reciclagem e reutilização dos materiais. Todos já trabalham pela conservação do planeta com ações que permitam à indústria reutilizar mais recursos como plástico e metais. Essa é uma tarefa complexa, que envolve fabricantes, revendas e consumidores, mas é também uma atividade fundamental.
Nesse contexto, a verdade é que o mercado de impressoras no Brasil é um exemplo de transformação, com foco no planeta e no consumidor. Nos últimos dois anos, o setor registrou um crescimento acumulado de quase 30% e os motivos para essa retomada baseiam-se em um forte trabalho de desenvolvimento tecnológico, sem deixar de lado a sustentabilidade como uma questão central. A indústria vem evoluindo constantemente e é seguro dizer que as impressoras e suprimentos hoje oferecem opções práticas para reduzir os gastos e melhorar a eficiência das empresas. Mais do que isso, o modelo de negócios tornou-se um case de desenvolvimento sustentável, reunindo eficiência e alternativas para a conservação do planeta.
Entre as medidas adotadas pela indústria de impressão, podemos destacar o lançamento de produtos e serviços com eficiência energética e maior desempenho. Vale ressaltar, nesse cenário, as novidades também na cadeia de suprimentos, que tem ajudado clientes de todas as áreas a alcançarem melhores experiências consumindo menos energia.
Por meio de investimentos focados em pesquisa, os fabricantes estão, por exemplo, desenvolvendo equipamentos com recursos como pentes de leds com longa duração e com capacidade de imprimir ou copiar frente e verso para economia de papel, otimização de modo de descanso e economia de toner.
Como se vê, o segmento tem trabalhado para oferecer produtos mais competitivos e completos para os clientes, mas o desafio não se restringe ao fornecimento de insumos e impressoras mais sustentáveis. A indústria está se preparando para promover avanços em toda a cadeia de consumo, da fábrica à reciclagem final de produtos.
Estamos em uma nova era digital na qual a sustentabilidade será um motor propulsor para o sucesso dos negócios. A indústria já está comprometida com novos modelos para promover uma sociedade diferenciada. Não há tempo a perder e todos têm seu papel a cumprir nessa importante missão, tendo a inovação como fator de diferenciação.