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Divórcio é a solução?

Em um casamento, é normal que o casal tenha mais atrito por conta do maior tempo de convivência, responsabilidades, estresses compartilhados em casa. Muitas vezes, isso é o bastante para que a relação termine.

A incidência de divórcio no Paraná aumentou quase mil casos por ano desde 2016, devido à lei 11.441, que facilita o processo. Antes, poderiam se passar anos enquanto o casal tentava se separar, porém, com o avanço do assunto, agora é possível que seja feito em alguns dias.

Existem outros fatores que também refletem na situação, como o empoderamento feminino e a diminuição da influência religiosa. “Hoje, as mulheres não se sentem mais dependentes do marido, o que faz com que seja mais fácil optar pelo divórcio ao invés de insistir no casamento”, conta Giovani de Capri, terapeuta familiar.

O catolicismo, religião de maior influência no país, também tem sua carga para os que acreditam, afinal, o divórcio não é visto com bons olhos. Com a maior diversidade de religiões entre os brasileiros, o fator perdeu grande parte de pauta na decisão do casal.

“Ambos os aspectos podem ser considerados benéficos, mas ainda há muito que se avaliar com o aumento dos divórcios na questão emocional e financeira”, relata o terapeuta.

O prejuízo emocional pode ser ainda maior quando o divórcio está sendo considerado, pois aquele que deseja se separar, mas não tem certeza acaba em uma situação de infelicidade. “Muitas vezes, esse homem ou essa mulher, acaba condicionando a si mesmo a continuar na relação, postergando a decisão e criando mágoas. É difícil acreditar que se pode seguir em frente após o término do casamento”, relata Giovani.

Já pelo ponto de vista financeiro, quanto mais a decisão e o processo demoram, mais dinheiro será gasto, e mais estresse é gerado. “Quanto mais tempo passa, pior fica a situação em ambos os pontos”.

O indicado é procurar ajuda profissional para lidar com a possível separação ou resolver os problemas dentro do relacionamento. Quando isso acontece de forma rápida, ambas as partes são beneficiadas, e podem enxergar tanto que há vida em seu casamento quanto fora dele.

“O terapeuta pode auxiliar também após o processo. Não faz sentido sair de um relacionamento e então levar os mesmo problemas emocionais para o próximo, fadando-o ao fracasso, é preciso resolver consigo mesmo”, afirma o terapeuta.

Profissionais bem capacitados no mercado não faltam, o que está em falta é a coragem entre os casais para procurar auxílio e solução para as questões.

Recanto Saint Germain

Giovani de Capri

Terapeuta familiar

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