A previsão é que em dois anos sejam iniciados os testes de produção da unidade, que será viabilizada com investimento inicial de R$ 15,4 milhões do Fundo Paraná, no campus CIC do instituto.
Em 2017, a planta de produção foi interditada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) por não atender os requisitos da regulamentação de Boas Práticas de Fabricação, nem os requisitos de biossegurança nível 3. Para sanar o problema e voltar a apoiar a segurança sanitária brasileira, a atual gestão do Tecpar realizou o estudo para avaliar a viabilidade da nova planta.
O diretor-presidente do Instituto, Jorge Callado, explica que com a retomada da produção dos kits diagnósticos veterinários será possível prevenir doenças que podem causar diversos prejuízos aos pecuaristas e apoiar a exportação agropecuária, uma vez que as exigências sanitárias dos países importadores estão cada vez mais altas.
“O estudo mostrou que, sob o ponto de vista técnico, a nova planta foi projetada para o atendimento aos aspectos regulatórios e para proporcionar o aumento de produção de sete insumos, de forma de ampliar e manter a ocupação de mercado de forma permanente. Esse estudo demonstrou também que o projeto é sustentável financeiramente”, destacou.
PRODUTOS – Sete insumos serão produzidos no Laboratório de Produção de Insumos para Diagnóstico Veterinário do Tecpar: reagentes para diagnóstico de tuberculose bovina, que incluem a tuberculina PPD bovina e a tuberculina PPD aviária; reagentes para diagnóstico de brucelose bovina, com a produção de Antígeno Acidificado Tamponado (ATA), Antígeno para Prova Lenta e Antígeno para Prova do Anel do Leite (Ring test); e Kits de diagnóstico pela técnica de imunodifusão em gel de ágar (IDGA), com kits para diagnóstico de Brucella ovis e para Leucose Enzoótica Bovina.
Esses produtos atendem o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose, do Ministério da Agricultura.
HISTÓRICO – O Tecpar tem experiência em insumos, começando a produção na década de 1950, quando ainda se chamava Instituto de Biologia e Pesquisas Tecnológicas (IBPT). Naquela época, os especialistas do instituto foram responsáveis pelas primeiras investigações epidemiológicas sobre brucelose e tuberculose no Paraná. Os insumos desenvolvidos pelo Tecpar naquela época foram: kit de imunodifusão em gel de Agar para diagnóstico de Brucella ovis e tuberculina PPD bovina e tuberculina PPD aviária.
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