Economia brasileira cresce 0,6% e ensaia recuperação

economia brasileira apresentou alta de 0,6% no terceiro trimestre deste ano na comparação com o segundo trimestre, na série com ajuste sazonal, segundo dados do IBGE divulgados nesta terça-feira, 3. Apesar do avanço, o resultado reflete uma tímida retomada da atividade econômica do país, que registrou estagnação no resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de janeiro a março e avanço de 0,5% no segundo trimestre. Em valores correntes, o PIB do 3º tri totalizou 1,842 trilhão de reais. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o crescimento é de 1,2%A maior alta foi da Agropecuária com crescimento de 1,3%, seguida pela Indústria (0,8%) e pelos Serviços (0,4%). O crescimento na Indústria se deve à à extrativa (alta de 12,0%, puxada pelo crescimento da extração de petróleo) e à Construção (1,3%). Recuaram no trimestre Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-0,9%) e Indústrias de Transformação (-1,0%).

Nos Serviços, os resultados positivos foram em Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,2%), Comércio (1,1%), Informação e comunicação (1,1%), Atividades imobiliárias (0,3%) e Outras atividades de serviços (0,1%). Já os recuos foram nas atividades de Transporte, armazenagem e correio (-0,1%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,6%).

Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo (2,0%) e a Despesa de Consumo das Famílias (0,8%) tiveram variação positiva. Já a Despesa de Consumo do Governo (-0,4%) recuou em relação ao trimestre imediatamente anterior.

“Na ótica da demanda, os investimentos vêm crescendo, puxado pela construção, que havia caído 20 trimestres consecutivos e desde o trimestre anterior mostra recuperação, quando comparado a igual período de 2018. O consumo das famílias também cresce, enquanto as despesas do governo – incluindo pessoal e demais gastos, exceto investimentos -, caem em todas as esferas em função das restrições orçamentárias”, analisa a coordenadora de Conta Nacionais do IBGE, Rebeca Palis. Ela ressalta também que, na ótica da produção, o que mais cresceu foi a construção; a extrativa mineral, puxada pela extração de petróleo; e informação e comunicação, com avanço de internet e desenvolvimento de sistemas.

“Já entre as atividades que caíram, o destaque é a indústria de transformação, afetada pela queda nas exportações em função da menor demanda mundial e a crise da Argentina”, analisa a coordenadora de Conta Nacionais do IBGE. No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços recuaram 2,8%, enquanto as Importações de Bens e Serviços cresceram 2,9% na mesma comparação.

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