Autoridades de Saúde e de Educação alertam para a importância da atualização da caderneta de vacinação
Em Curitiba e região metropolitana, a apresentação da Carteira de Vacinação é obrigatória no ato da matrícula escolar, conforme determina a Lei Estadual nº 19.534, de 4 de junho de 2018. Os alunos de escolas públicas e particulares, com idade até dezoito anos, devem apresentar o documento atualizado de acordo com o Calendário de Vacinação da Criança e o Calendário de Vacinação do Adolescente. Com o período de retorno às aulas, as autoridades de Saúde e de Educação reforçam a importância da atualização do calendário vacinal.
De acordo com a diretora médica do Frischmann Aisengart – laboratório da Dasa –, Myrna Campagnoli, manter a caderneta de vacinas em dia é a principal forma de prevenir doenças em todas as faixas etárias. “As vacinas protegem de uma série de doenças e, especialmente nas crianças, aquelas que ocorrem por transmissão aérea. As vacinas em dia diminuem o risco de sarampo, rubéola, caxumba e coqueluche, por exemplo; outra vacina essencial é a pneumocócica, que atenua o risco de pneumonia, otite e sinusite”, esclarece.
Caderneta de vacinação em dia
Na escola, as crianças passam muito tempo em salas fechadas, o que facilita a transmissão de doenças infectocontagiosas. Médica com especialidade em pediatria, Myrna Campagnoli, lista algumas das vacinas que crianças e adolescentes não podem deixar de tomar:
– Tríplice bacteriana (DTP ou DTPa) – protege contra difteria, tétano e coqueluche: reforço aos 4 anos de idade;
– Poliomielite: reforço aos 4 anos de idade;
– Influenza (gripe): dose anual;
– Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola): a criança deve ter 2 doses acima de 12 meses de idade;
– Varicela (catapora): segunda dose aos 4 anos de idade;
– Meningocócica C: reforço entre 11 e 14 anos de idade.
Quase todas estas vacinas estão disponíveis no sistema público de saúde.
Caso a criança tenha a possibilidade de fazer a vacinação na rede privada, a especialista recomenda o reforço das vacinas meningocócica ACWY aos 5 anos de idade e a meningocócica B, que deve ser aplicada em duas doses com intervalo de 2 meses.
No que diz respeito aos adolescentes, Myrna Campagnoli destaca a vacina contra o papilomavírus humano, doença que pode causar o câncer genital, tanto em meninas como em meninos. “A vacina do HPV pode ser tomada dos 9 aos 14 anos, que é a época ideal para a imunização, pois no início da adolescência o organismo consegue responder só com duas doses da vacina, com um intervalo de seis meses entre as aplicações”, complementa.
Contraindicações
A diretora médica do Frischmann Aisengart reforça que todas as vacinas disponíveis nas redes pública e privada são seguras e já foram testadas em milhares de indivíduos. “Os lotes só são liberados depois de avaliados por diversos órgãos públicos. Poucas são as situações em que uma criança pode apresentar alergia a algum componente da vacina. Caso isso aconteça, ela precisa passar por uma avaliação médica para saber se deve ser vacinada nesta condição”, salienta.