Team Building: o papel das pessoas na construção de grandes equipes

Por Sandra Maura, CEO da TOPMIND

 

Peter Drucker, escritor e professor norte-americano considerado o Pai da Administração moderna, sempre insistiu que o que torna possível o sucesso de uma organização não é apenas o serviço ou produto vendido, mas fundamentalmente as pessoas que realizam essas ideias no dia a dia. O especialista defendia, entre outros pontos, que a capacitação das equipes era o passo-chave para a entrega de serviços de qualidade e bem estruturados.

Hoje em dia, com a dinâmica dos negócios em constante transformação por conta da digitalização dos processos e as mudanças de perfil dos consumidores, a premissa de capacitar as pessoas em busca de inovação e qualidade se torna ainda mais imprescindível.

À medida que novas formas de trabalho aparecem, as empresas precisam envolver e atrair a atenção dos colaboradores para a melhoria contínua das habilidades de liderança e dos serviços e processos, identificando pontos forte e oportunidades de desenvolvimento do time ao mesmo tempo em que promovem a integração.

Para cumprir essa tarefa e potencializar as capacidades individuais dos profissionais, uma opção cada vez mais utilizada pelas organizações é a aplicação de iniciativas de Team Building, com projetos que permitem aproximar e reforçar a interação entre equipes. Criada na década de 1940, nos Estados Unidos, esta metodologia busca dar forma a grupos mais coesos e alinhados.

Mais do que uma simples tendência, as ações de “construção de equipes” são, hoje, uma forma prática de envolver e engajar as pessoas, contribuindo para a promoção de ambientes mais integrados e colaborativos. Nestes projetos, com todos participando em conjunto, os colaboradores podem entender melhor os desafios gerais da empresa, as responsabilidades de cada equipe e como o trabalho individual contribui para o funcionamento eficaz da engrenagem completa. Além disso, por meio da realização de encontros, o Team Building permite que os colaboradores sejam envolvidos no processo de consolidação da cultura organizacional.

Imagine, por exemplo, uma empresa com linhas de serviço, ofertas e equipes diferentes em todo o Brasil. Com treinamentos e debate abertos a todos, os líderes podem receber valiosos feedbacks sobre como aprimorar os serviços realizados em uma determinada região do País. Do mesmo modo, essas ações permitem avaliar e mensurar quais temas e atividades exigem mais atenção e treinamento por parte da companhia. Vale dizer, por experiência própria, que um dos diferenciais dessa prática é justamente possibilitar a criação de indicadores para medir os resultados das ações, bem como permitir a extração de ideias a partir dos encontros. A integração entre os colaboradores é um recurso poderoso para saber o que está funcionando ou não na empresa, pois permite fortalecer os princípios de comunicação e avaliar continuamente a performance das ações aplicadas no dia a dia.

De forma mais abrangente, portanto, o objetivo é proporcionar o autoconhecimento, o engajamento e a construção de uma equipe de alta performance que entenda, compreenda e seja capaz de perseguir o valor a ser entregue pela companhia aos clientes. Estas ações podem e devem abordar temas de relevância para a empresa e para o mercado, tais como inovação, propósito e design thinking, entre outros. No entanto, a grande meta a ser alcançada é aprofundar as relações interpessoais, melhorar a sinergia e permitir a troca de experiências em prol do bem comum dos negócios.

Ao adotar essas práticas, conseguimos entender melhor as ideias para aprimorar a oferta, antecipar falhas, prever desafios e gerenciar as demandas do grupo. Outra vantagem é a oportunidade de identificar as lideranças internas e trabalhar o desenvolvimento dos colaboradores de modo mais assertivo.

Como disse Drucker, uma empresa é essencialmente composta por pessoas. Ninguém consegue sucesso atuando sozinho e as companhias que não entenderem isso estão fadadas a perderem cada vez mais espaço. Vivemos uma era de profundas transformações e a principal alteração a ser feita é na forma como enxergamos o trabalho em equipe. E você, o que está esperando para mudar e avançar?

 

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