Especialista dá oito dicas para atingir a vida plena

Curso ajuda a “destravar” certos mitos para alcançar a tão sonhada vida plena. Confira oito dicas do professor Gustavo Arns

Já tem pelo menos 10 anos que a Felicidade deixou de ser um “simples” sentimento e virou uma ciência, que reúne pesquisas e dados. Ela vem sendo analisada pela Psicologia Positiva, pela Neurociência, a Filosofia e por tantos outros campos científicos que compõem a Ciência da Felicidade. Partindo desse princípio, é possível dizer que basta um pouco de treino e conhecimento que qualquer pessoa pode atingir a tão desejada felicidade. Quem explica isso é o professor Gustavo Arns, coordenador do curso “Felicidade e Bem-Estar – O que a ciência diz sobre uma vida boa”, da Universidade Positivo (UP), aberto a qualquer pessoa que deseja entender e buscar a vida plena.

Arns mostra que, até então, a ciência era pensada mais do ponto de vista de aptidões técnicas, como a Matemática, a Física, a Química ou a própria Linguística, como o Português, o Inglês, e tantos outros idiomas. Tudo que era subjetivo e estava relacionado ao sentir estava excluído da escola, como por exemplo as artes. “Todos tendem a pensar que o acadêmico é só racional”, afirma Arns.

Mas o subjetivo voltou a ser incluído na ciência. Há 150 anos, a Psicologia passou a estudar alguns distúrbios, como o stress e a depressão. Os estudos mostraram como deve ser o tratamento e a cura dessas doenças e comprovaram que pessoas felizes ficam menos doentes, vivem por mais tempo, criam filhos mais saudáveis, rendem mais no trabalho. Uma pesquisa da universidade de Harvard mostrou que pessoas otimistas vivem de 11% a 15% mais e, com facilidade, podem passar dos 85 anos.

Então, a Psicologia Positiva entrou nesses estudos e passou a buscar o que dá certo na vida das pessoas. Nos últimos 10 anos, ela passou a entender o amor, a felicidade e o que é a vida plena. Passou a estudar o que faz as pessoas sentirem prazer, quais são os gatilhos do medo e da raiva, para que se possa combatê-los. E, assim que a felicidade passou a ser vista como ciência, entendeu-se que é um hábito a ser trabalhado, assim como um treino na academia, em busca da forma perfeita.

Definição de felicidade

Mesmo sendo estudada como Ciência, a felicidade continua sendo subjetiva. Justo porque, se perguntar a cada pessoa o que significa ser feliz para ela, cada um terá uma opinião diferente. E assim, a resposta para alcançar o tão desejado sentimento é única para cada pessoa.

Mas a Ciência da Felicidade descobriu alguns pontos que cada pessoa deve trabalhar para encontrá-la. Confira as dicas de Gustavo Arns:

1 – Defina felicidade. Cada pessoa precisa definir o que a torna feliz. E essa é uma “viagem” para dentro de si próprio, um estudo forçado do autoconhecimento. O conceito de felicidade precisa ser “quebrado” em partes, para que seja mais fácil cada um definir. A felicidade é uma combinação de bem estar físico, emocional, relacional, intelectual e espiritual. “O bem estar espiritual não significa exatamente a ligação com alguma religião, mas sim identificar as coisas que cada um realiza no seu dia a dia e afastam a sensação de vazio e desconexão. Do ponto de vista relacional, os relacionamentos positivos impactam diretamente no bem estar. Já os tóxicos podem nos trazer sentimentos que, ao longo da vida, nos deixam doentes”, alerta Arns.

2 – Auto-observação. O especialista provoca: “você tem a disposição para observar o futuro de maneira positiva? Se não, cabe aqui começar uma reflexão, em busca de respostas ao que pode te fará feliz no futuro”.

3 – Consciência para este momento da vida. Se a pessoa se sente negativa constantemente, o que ela pode fazer para mudar? Vale pensar em cada coisa que a torna infeliz e começar a encontrar maneiras de reverter cada uma delas.

4 – Olhar positivo. É a capacidade de cada um de enxergar, em qualquer situação ou experiência, seja ela boa ou ruim, o lado bom da história.

5 – Gratidão. É um dos termos da moda e que faz muita gente confundir com educação. Muitos usam o termo gratidão a qualquer pessoa que lhe faz algum favor ou boa ação. Isto não é gratidão, é educação. Gratidão é apreciar as coisas boas que você já possui em sua vida.

6 – Autoestima. Positividade e otimismo têm a ver com a forma como cada um enxerga a si mesmo, como cada um usa a autoconfiança e a autoestima frente aos problemas vida.

7 – Cuidado com as armadilhas do otimismo. Uma visão infantil do otimismo é esperar que o pensamento positivo resolva os problemas. “Otimismo é esperar pelo melhor, mas também trabalhar para alcançá-lo”, adverte Arns.

8 – Não busque o sucesso, busque a felicidade. Há muitas crenças em que as pessoas não costumam questionar ou pensar a respeito. A crença mais comum é a do sucesso, o qual as pessoas entendem que é o caminho para a felicidade. “Vivem trabalhando duro acreditando que a felicidade estará sempre ligada a algum momento externo, como ‘vou ser feliz quando chegar a sexta-feira, quando eu sair de férias, quando comprar aquele carro, quando for promovido ou fechar aquele baita negócio’. A felicidade é sempre colocada num ponto externo, quando, na verdade, a única forma de se obter felicidade é o aqui e o agora”, explica Arns. Portanto, a “fórmula” correta é exatamente o inverso: busque a felicidade, que o sucesso vem atrás. “Veja como um chefe feliz, por exemplo, lidera equipes mais felizes. E uma equipe feliz consegue encontrar mais soluções, tem mais liberdade para falar o que sente, geralmente coisas construtivas, ao contrário das pessoas negativas, que só falam o que pensam. Líderes positivos constroem pessoas mais positivas e que batem mais metas”, analisa o professor.

Arns sugere que cada pessoa faça um mergulho muito pessoal dentro de si mesma para se compreender. O curso do especialista não dá a fórmula da felicidade, mas ensina cada participante a dissecar cada “parte” da felicidade e como cada um deve encontrar as respostas dentro de si.

 

Serviço

O que: Curso Felicidade e Bem Estar – O que a ciência diz sobre uma vida boa

Quem: ministrado pelo professor Gustavo Arns, idealizador do Congresso Internacional de Felicidade, pesquisador e estudioso do tema Felicidade

Quando: 29 de fevereiro, 4 de abril, 16 de maio e 6 de junho, sempre das 9h às 17h

Onde: o curso é presencial no Câmpus Ecoville da Universidade Positivo (Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Campo Comprido / Curitiba).

Carga horária: 50 horas

Investimento: 6 parcelas de R$ 150,00 no boleto bancário ou cartão de crédito. Alunos da UP têm 30% de desconto.

 

Sobre a Universidade Positivo

A Universidade Positivo concentra, na Educação Superior, a experiência educacional de mais de quatro décadas do Grupo Positivo. A instituição teve origem em 1988 com as Faculdades Positivo, que, dez anos depois, foram transformadas no Centro Universitário Positivo (UnicenP). Em 2008, foi autorizada pelo Ministério da Educação a ser transformada em Universidade. Atualmente, oferece mais de 60 cursos de Graduação presenciais, quatro cursos de Doutorado, sete cursos de Mestrado, mais de 190 programas de Especialização e MBA, sete cursos de idiomas e dezenas de programas de Extensão. A Universidade Positivo conta com três unidades em Curitiba, uma unidade em Londrina (PR), uma unidade em Joinville (SC), além de polos de Educação a Distância (EAD) em mais de 60 cidades espalhadas pelo Brasil. Em 2019, a Universidade Positivo foi classificada entre as 100 instituições mais bem colocadas no ranking mundial de sustentabilidade da UI GreenMetric.

Gustavo Arns, coordenador do curso “Felicidade e Bem-Estar – O que a ciência diz sobre uma vida boa”
Crédito: divulgação

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