O diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, destaca que o Living Lab é uma ação estratégica para estimular a inovação no Paraná, por meio de parcerias tecnológicas com a iniciativa privada. O programa, segundo ele, contempla desde startups até empresas consolidadas que procuram testar novos produtos e serviços, antes de lançar no mercado.
“O Tecpar coloca à disposição sua experiência e seu espaço físico para contribuir com iniciativas do setor privado, em favor de uma agenda que gere soluções tecnológicas mais eficientes e inovadoras para o Estado e, consequentemente, o aumento de empregos especializados no Paraná”, afirma Callado.
SELECIONADAS – Três propostas aprovadas contemplam tecnologias para smart cities. São os semáforos inteligentes, da empresa maringaense Seebot Soluções Inteligentes; os equipamentos de identificação e classificação de veículos por sensores e por imagem, da Vsis Indústria e Comércio; e os sistemas de telegestão de iluminação pública e de telemetria, da Smartgreen Tecnologia. A telemetria é um sistema de monitoramento para comandar, medir ou rastrear algo a distância, por meio de dispositivos de comunicação sem fio.
Na área de energias renováveis os projetos selecionados são de um microposto para biometano, da Bley Energias; de um processo de produção de energia a partir de fósforo extraído de produtos orgânicos, das empresas Oxien do Brasil e Bley Energias; de uma plataforma para consultoria energética, da Eidee Energia; e de uma planta piloto de microrrede de energia, da Fohat Corporation.
Outra empresa selecionada no Living Lab é a L8, que testará soluções tecnológicas em energias renováveis, como garagens solares e também tecnologias para smart cities, entre elas um leitor biométrico, um poste inteligente e câmeras para leitura de placa de veículos e reconhecimento facial.
CONCEITO – O conceito de Living Lab tem sua origem ao final dos anos 1980 e despertou o interesse internacional em 2006, quando a Comissão Europeia iniciou projetos para coordenar e promover um sistema europeu de inovação comum.
Como nem sempre a validação interna é o suficiente, muitas empresas precisam validar e melhorar as suas soluções em um ambiente real, antes de comercializá-las. Para isso, recorrem aos living labs para testarem seus produtos e serviços em campo. A avaliação pode ser feita no estágio inicial de pesquisa e desenvolvimento e durante todos os elementos do ciclo de vida de um produto, de seu projeto até a reciclagem.
ETAPAS – Na segunda fase do Living Lab um novo chamamento público será divulgado, desta vez de Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento, para serem aplicados na estrutura estabelecida na fase inicial.
O programa Living Lab do Tecpar tem seu foco nas seguintes linhas tecnológicas: geração e gestão de energias limpas e/ou renováveis; tecnologias para smart cities (cidades inteligentes); telecomunicações e conectividade; manufatura avançada e transformação digital; agricultura de precisão e/ou aumento de produtividade; educação; infraestrutura rural sustentável.