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Aquisição de móveis, máquinas e equipamentos de segunda mão pode melhorar o caixa das empresas durante pandemia de coronavírus
A crise econômica por causa do novo coronavírus já chegou ao Brasil com força. Com as medidas de isolamento social para prevenir a propagação da doença, as formas de produção e consumo foram alteradas em diversas cadeias de negócios, obrigando pequenas, médias e grandes empresas a repensarem estratégias de sobrevivência. Diante de inúmeros iniciativas, adquirir ativos de segunda mão em leilões judiciais torna-se um caminho estratégico e econômico.
“Em época de coronavírus, a solução para as empresas é aquisição de ativos para reequipamento de parque fabril ou aumento da frota de veículos por meio de leilões judiciais. O desafio é utilizar melhor o caixa das empresas, com economia e parcelamento”, aconselha Helcio Kronberg, leiloeiro público oficial.
De acordo com Kronberg, embora nesse sistema normalmente as aquisições tenham de ser pagas à vista, em um prazo pré-determinado pelos editais, os preços praticados são cerca de 20% mais baixos. “A compra por leilões é vantajosa por que o comprador tem a garantia de quitação do produto e a origem do bem. Quando a empresa precisa adquirir um bem de alto custo, mas não pode arcar com a despesa, participar de leilões é uma forma de se adequar a um orçamento mais econômico”, explica.
A origem dos bens varia bastante, mas há um grande oportunidade em leilões de massas falidas (acervo de bens após decretação de falência) ou de empresas que precisam vender seus ativos para pagar dívidas. Outro situação vem de empresas que mudam de endereço, renovam seus escritórios e vendem os equipamentos usados.
“Para fazer bons negócios, é necessário ler todas as informações do edital do leilão com atenção. Embora seja possível fazer tudo pela internet, é aconselhável que a empresa marque uma visita para verificar a real situação do bem. No momento atual é possível avaliar por foto, vídeos ou perguntando ao leiloeiro responsável pelo pregão”, explica Kronberg.
Impacto
Mais de 30% das empresas de todos os setores já sentiram os impactos da pandemia sobre seus negócios em março, de acordo com levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV). A indústria foi o setor mais afetado, com 43% das empresas reportando perdas. Em seguida, vêm o comércio (35%) e os serviços (30,2%). Em todos os setores, a expectativa é de aumento dos efeitos negativos nos próximos meses: 68,5% da indústria, 59,1% do comércio e 49,7% dos serviços.
No comércio, a maior parte dos impactos atingiu revendedores de bens duráveis e semiduráveis. Os setores mais afetados foram veículos, motos e peças (46,4%), material para construção (39,9%) e tecidos, calçados e vestuário (37,2%). Apenas 18,8% dos hiper e supermercados reportaram problemas no mês.