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Gartner indica os 10 principais mitos sobre a Nuvem

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Analistas afirmam que apesar da confusão e do alarde que continuam envolvendo a Computação em Nuvem, executivos de TI devem entender os principais mitos que ainda perduram em 2020

 

Os mitos continuam atormentando a Computação em Nuvem, afirma o Gartner, Inc., líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas. Esses conceitos errôneos podem retardar as empresas, impedir a inovação e alimentar o medo. Embora a Computação em Nuvem tenha se tornado muito mais popular nos últimos cinco anos, alguns dos mitos que circularam durante seu advento persistem ainda hoje. Novos mitos também foram criados.

“A Computação em Nuvem está relacionada a recursos entregues como serviço, com uma fronteira clara entre o fornecedor e o consumidor”, afirma David Smith, Analista Vice-Presidente e Membro Emérito Distinto do Gartner.

“Para a maioria das pessoas, isso cria um cenário em que ‘na Nuvem’ significa ‘onde a mágica acontece’. Não deveria ser surpresa que esse ambiente esteja repleto de mitos e mal-entendidos”, afirma. O analista destaca alguns dos mais perigosos e enganosos mitos que os Chief Information Officers (CIOs) deveriam conhecer sobre a Computação em Nuvem:

 

1. A Nuvem está sempre relacionada ao dinheiro – O mito predominante sobre a Nuvem é que ela sempre economiza dinheiro. Às vezes, esse é o caso, mas há muitos outros motivos para migrar para a Nuvem, sendo o mais comum deles a agilidade. Todas as decisões de negócios, incluindo aquelas sobre Nuvem, são basicamente sobre dinheiro. Mesmo que a agilidade seja o objetivo final, o custo ainda é uma preocupação. Não suponha que você economizará dinheiro a menos que tenha feito o trabalho duro de analisar honestamente sua situação. Utilize o custo total de propriedade e outros modelos caso a caso. Segmente a Nuvem por casos de uso.  Olhe além das questões de custo. É importante garantir que os negócios não tenham expectativas irreais de economia de custos que não sejam cumpridas.

 

2. Você tem que estar na Nuvem para ser bom – Você é um “Cloud-Washing”? Cloud-Washing, ou a tendência de chamar de Nuvem as coisas que não são, pode ser acidental e resultado de confusão legítima. Mas as organizações e os fornecedores de TI chamam muitas coisas de Nuvem como parte de seus esforços para obter financiamento, realizar vendas e atender a demandas e estratégias de Nuvem mal definidas. Isso resulta no mito de que um produto ou serviço de TI precisa estar sempre na Nuvem para ser bom. Em vez de confiar nessa tendência Cloud-Washing, chame as coisas pelo que realmente são. Muitos outros recursos, como automação e ‘virtualização’, são fortes o suficiente para se sustentarem por si próprios.

 

3. A Nuvem deve ser usada para tudo – A Nuvem é uma ótima opção para alguns casos, como cargas de trabalho altamente variáveis ​​ou imprevisíveis, ou para locais em que a provisão de autoatendimento é essencial. No entanto, nem todas as aplicações ou cargas de trabalho são adequadas para a Nuvem. Por exemplo, a menos que economias claras de custo possam ser percebidas, mover uma aplicação legada geralmente não é um bom caso. A Nuvem pode não beneficiar todos as cargas de trabalho igualmente. Não tenha medo de propor soluções sem Nuvem, quando apropriado.

 

4. “O CEO disse” é uma estratégia de Nuvem – “O CIO”, “o conselho de administração” ou alguma outra fonte ilusória pode substituir o CEO nesse mito. Muitas empresas ainda sequer possuem uma estratégia de Nuvem. Esse plano deve estar baseado em metas comerciais sólidas e expectativas realistas. Uma estratégia de Nuvem deve ser mais do que uma ordem – deveria identificar os objetivos de negócios e mapear os benefícios potenciais que a Nuvem retorna para esses objetivos. A Nuvem deve ser pensada como um meio para atingir um fim. O fim deve ser especificado primeiro.

 

5. Precisamos de uma estratégia ou de um fornecedor de Nuvem – Mesmo com mais interesse em Multicloud hoje, muitas empresas ainda desejam simplicidade. No entanto, a Computação em Nuvem não é uma coisa única e uma estratégia de Nuvem precisa estar baseada nessa realidade. Os serviços de Nuvem são amplos e abrangem vários níveis, modelos, escopos e aplicações. Uma estratégia de Nuvem precisa ser capaz de acomodar o uso de mais e mais serviços em Nuvem. A organização precisa perceber que será relativamente impossível obter tudo de um fornecedor. Uma única estratégia de Nuvem só faz sentido se usar uma estrutura de decisão que permita e tenha a expectativa de várias respostas.

 

6. A Nuvem é sempre mais segura do que os recursos locais – No passado, a Computação em Nuvem era percebida como menos segura do que os recursos locais. No entanto, ocorreram poucas violações de segurança na Nuvem pública e a maioria dessas violações continua envolvendo a configuração incorreta do serviço de Nuvem. Hoje, a maioria dos fornecedores de Nuvem investe significativamente em segurança, percebendo que seus negócios estariam em risco caso não o fizessem. Isso ainda não significa que a segurança seja garantida na Nuvem. A segurança em Nuvem é uma responsabilidade compartilhada entre o fornecedor e o consumidor. Os CIOs não deveriam supor que os fornecedores de Nuvem não são seguros, mas também não deveriam supor que são. Como os níveis de segurança de fornecedores de Nuvem variam, avalie seus recursos atuais e os recursos de seu potencial fornecedor e mantenha ambos em padrões aceitáveis.

 

7. A Multicloud impedirá a dependência – A maioria das organizações geralmente começa com um fornecedor de Nuvem, mas acaba se preocupando sobre ser dependente demais de um fornecedor e começa a cogitar o uso de outro. Isso é conhecido como Multicloud. A Multicloud também pode adotar uma abordagem baseada em funcionalidade. Por exemplo, uma organização pode usar o Amazon Web Services como seu principal fornecedor de infraestrutura em Nuvem, mas decidir utilizar o Google para análises e Big Data. Os líderes de TI não deveriam supor que apenas ter Multicloud como parte da estratégia de Nuvem soluciona todos os problemas relacionados à dependência. Se a dependência for identificada como uma questão em potencial, então será necessário um esforço mais concentrado para encontrar soluções reais.

 

8. Depois que mudei para a Nuvem, estou preparado – Existem muitos caminhos diferentes para a Nuvem, que variam de uma simples reorganização (ou “levante e mude”), normalmente via infraestrutura como serviço, até uma mudança completa para uma aplicação implementada por meio de um fornecedor de software como serviço (SaaS). A Nuvem é tanto um modelo operacional quanto uma tecnologia. As organizações que obtêm sucesso com a Nuvem adaptam seu processo operacional para aproveitar totalmente os princípios da Nuvem. Para tirar proveito dos recursos de Nuvem, é essencial entender seu modelo e ter expectativas realistas. Você não pode simplesmente mover as coisas para a Nuvem e ter a expectativa de já estar preparado. Depois que uma carga de trabalho é movida, o trabalho está, de várias maneiras, apenas começando. Serão necessárias refatorações ou transcrições adicionais para tirar proveito da Nuvem. O gerenciamento contínuo de custos e desempenho também será fundamental para o sucesso. Certifique-se de incluir as atividades pós-migração como parte do plano de implementação de Nuvem.

 

9. As empresas estão voltando da Nuvem pública – A ideia de que as cargas de trabalho estão sendo repatriadas da Nuvem é uma ilusão primária por parte dos fornecedores legados que se beneficiariam se esse mito fosse verdade. A realidade é que a maioria das empresas não reverteu as cargas de trabalho da Nuvem. Entre as que reverteram, a maioria não vem da infraestrutura como serviço (IaaS), mas de SaaS, Colocation e terceirização. Isso não quer dizer que toda migração de Nuvem seja bem-sucedida. No entanto, é mais provável que as organizações resolvam problemas à medida que surgem, em vez de abandonar sua estratégia de Nuvem e reverter as aplicações ao seu local original.

 

10. Temos uma estratégia de implementação/adoção/migração de Nuvem – Existem três níveis para criar estratégias. O primeiro nível é uma estratégia de negócios de longo prazo, que vem do CEO ou do conselho de administração e se destina a todos para que se entenda a missão da organização. O próximo nível são os planos estratégicos. Eles são mais intermediários e podem existir vários. A estratégia de Nuvem se encaixa aqui. Por fim, existem os planos operacionais. No mundo da Nuvem, isto é um plano de adoção de Nuvem, um plano de implementação de Nuvem ou um plano de migração para Nuvem. Esses planos geralmente são chamados erroneamente de estratégia de Nuvem. A estratégia de Nuvem deveria ser a base para os planos de implementação. Afirmar “estamos inteiramente dentro” não é uma estratégia. Do mesmo modo, um plano para desativar o Data Center não é uma estratégia de Nuvem. A estratégia de Nuvem precisa ser abrangente, declarada explicitamente e separada dos planos de implementação. Quando os CIOs e outros líderes de TI planejarem o uso da Nuvem em 2020, ter uma forte compreensão do que é mito e do que é realidade ajudará a formar expectativas realistas em torno da Computação em Nuvem. Desmascarar esses mitos será fundamental para as organizações tiraram vantagem com sucesso dos muitos benefícios que a Nuvem pode oferecer.

Os clientes do Gartner podem ler mais em “Revisitando os 10 principais mitos de Nuvem para 2020”, de David Smith.

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