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O Brasil não Parou, Publicitário cria plataforma para facilitar conexão de microempresários durante a quarentena

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Se por um lado a crise provocada pela disseminação da Covid-19 vem causando angústia, as dificuldades também têm revelado muita entrega e solidariedade. Imagine um pequeno produtor de alimentos que não sabe ler ou escrever, que só utiliza o recurso de áudio do WhatsApp, mas precisa fazer seus produtos circularem? Como chegar ao consumidor com as ferramentas digitais como aliadas?

Esta é situação de um dos muitos microempresários que procuraram a plataforma O Brasil não Parou, que entrou no ar no dia 1º de abril pelas mãos do publicitário curitibano Bruno Seixas. Ele decidiu usar a sua habilidade no campo da comunicação e a experiência comercial da sua família para promover a conexão de microempresários e pessoas dispostas a ajudá-los durante a quarentena, marcada pela queda do consumo.

O objetivo da plataforma é conectar pessoas interessadas em comprar do comércio local, microempresários que querem vender e pessoas que prestam serviços que podem ajudar a melhorar as vendas no período da quarentena.

Bruno explica que o site funciona como um hub de informação básica direcionando qual o caminho para começar a digitalizar o negócio. “É como uma vitrine digital do que já existe, seja somente com uso do WhatsApp, com alguma presença nas redes ou conectando os empresários a voluntários para ajudar neste processo”.

Como surgiu

Segundo o publicitário, a ideia surgiu a partir de uma angústia em relação a tudo que ele estava vendo acontecer ao seu redor. “De um lado, o mercado querendo reabrir em detrimento da saúde. Do outro, amigos empresários precisando escolher entre mandar embora ou guardar dinheiro para sua própria família”, revela.

Em síntese, os objetivos são facilitar que microempresas sejam encontradas por consumidores, oferecer recursos, educação e ferramentas para que as microempresas consigam se estruturar para vender online e conectar voluntários interessados neste processo.

Para fazer parte da comunidade, não é necessário nenhum investimento, já que a intenção do publicitário, ao lado de seus voluntários, é criar uma comunidade colaborativa para amenizar os efeitos da crise. Até o momento, já são 75 microempresários que otimizaram o seu negócio com a digitalização e há mas 160 pessoas no processo de inclusão. “Existe um cuidado de verificar um a um para não apoiarmos serviços que exijam presença física, uma vez que vai contra as normas sanitárias. Pedimos CNPJ no cadastro, que fica sob sigilo”, explica.

Até o momento, além de Bruno, do irmão, Gabriel Seixas, e do amigo, Eduardo Stremel, o site já cadastrou 20 voluntários dispostos a ajudar no processo de capacitação digital dos microempresários. “O que me enche de vontade é ver que começou por uma causa mas que pode tomar uma proporção tão grande, educando as pessoas a terem mais canais de vendas estando prontas pra esse mundo que a gente acha que inclui todo mundo mas que na verdade ainda não é bem assim, que poder ajudar pelo menos uma parte deles já vale a pena”, finaliza.

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Fonte: O BRASIL NÃO PASOU

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