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Por um crescimento sustentável da escola

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Fabio Vizioli*

As instituições privadas de educação básica no Brasil sofrem com a concorrência e o cenário econômico. O crescimento da economia já não é mais uma realidade clara e o efeito migratório das classes C e D para escolas particulares não se mostra pujante. Dados do IBGE mostram que a indústria interrompeu a trajetória de recuperação, impulsionando leve alta da inflação e o desemprego ainda se encontra em índices elevados, mais de 11%. Tais condicionantes denotam os fatores macroeconômicos como variáveis, que não raro reduzem a viabilidade dos negócios de todos os setores, entre eles o da educação privada, mesmo considerando variáveis internas que possam vir a gerar ganhos de eficiência, tanto administrativa, como pedagógica.

Diante desse cenário, vale afirmar que, para o setor escolar, em particular, o foco na captação de matrículas, na fidelização de alunos, e na diminuição da inadimplência é a chave. Para tanto, é necessário pensar nas etapas do processo de tomada de decisão desse futuro estudante (o público quer passar em um vestibular disputado ou as famílias em seu entorno querem um local diferenciado para matricular os filhos na Educação Infantil?); nas características do produto e do serviço ofertado (a escola é bilíngue? Tem aulas de robótica? Os professores são destaques acadêmicos na cidade e região?); nos meios de comunicação a serem utilizados; bem como nos conteúdos a serem produzidos.

Corroborando com esses passos, estão a construção e a administração de páginas em redes sociais, newsletters, envio de e-mail marketing, eventos, palestras e capacitações para a equipe docente e administrativa da escola, bem como momentos de escuta atenta dos anseios e ideias de professores e coordenadores – o que dará base de sustentação orgânica a todas as ações.

A gestão pode reduzir o tempo e o custo para a elaboração das mudanças necessárias na instituição de ensino, comunicando de maneira focada e otimizando a captação de novas matrículas. Entretanto, somente se efetivamente uma mudança interna ocorrer, com ganhos reais de performance, é que os resultados serão duradouros.

 

*Fabio Vizioli é consultor pedagógico do Sistema Positivo de Ensino.

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