A Associação Comercial do Paraná vai encaminhar ao prefeito de Curitiba, Rafael Greca, um documento discutido em comum acordo por representantes de shopping centers, galerias e congêneres em que propõe condições para a reabertura desta modalidade de comércio, fechado desde março por causa da pandemia da Covid-19. O documento passará por uma análise das autoridades municipais, podendo haver a liberação da reabertura dos shopping centers em Curitiba ainda nesta semana, a exemplo do que já ocorreu em outras cidades do estado, como Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa. A reunião promovida, após envio de ofício ao prefeito de Curitiba, Rafael Greca, foi realizada entre os representantes de shopping centers na sede da ACP, nesta segunda-feira (18/05). O vice-governador Darci Piana e o secretário municipal de Governo, Luiz Fernando Jamur participaram da discussão. Também participaram representantes do setor de turismo, de bares e restaurantes, de clubes sociais e sindicatos do comércio.
O presidente da ACP, Camilo Turmina, abriu a reunião relembrando a cronologia da pandemia. Ele citou que os próprios comerciantes de Curitiba decidiram fechar as portas em 21 de março e o comércio de rua retomou as atividades em 17 de abril, com a maior parte dos comerciantes respeitando as normas de distanciamento social e cuidados com a higiene para prevenir a propagação do coronavírus. Em seguida, o vice-governador Darci Piana conduziu a reunião, destacando que o Paraná é o quinto estado brasileiro em população, mas é o 19º em número de casos da Covid-19. “Isto é uma conquista do povo paranaense. Por isso não podemos facilitar nos cuidados que temos tido até agora para evitar o avanço da Covid-19”, destacou o vice-governador. Piana disse que tanto o governador Carlos Massa Ratinho Jr. como o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, estão sensíveis às reivindicações dos empresários que atuam em shopping centers, mas que qualquer proposta de reabertura deve respeitar as normas de cuidados definidas por decretos municipais e estaduais. Piana ressaltou que o os cofres públicos também sofrem com a redução da atividade econômica, já que a receita do Paraná já sofreu um decréscimo de 26% desde o início da pandemia e este número deve crescer mais até o final dela.
O representante da prefeitura de Curitiba, Luiz Fernando Jamur, destacou que a preocupação maior é com aglomerações no transporte coletivo e que um escalonamento de horários é fundamental na proposta a ser apresentada ao prefeito Rafael Greca.
Antes da confecção do documento a ser enviado à prefeitura de Curitiba, o vice-governador Darci Piana, destacou que o que for decidido “Será bom para todos. O governador e o prefeito de Curitiba aceitam discutir o tema, desde que os protocolos de segurança sanitária sejam seguidos e se evite a sobrecarga do transporte público”, disse ele.
Propostas
As propostas a serem seguidas são as seguintes:
– Redução do horário de atendimento para o período entre 12h e 20h;
-Instalação de cabines de desinfecção já disponíveis no mercado;
– Medição de temperatura de todos os frequentadores;
-Limitação da entrada de clientes dentro dos shoppings e das lojas de acordo com a área de cada unidade;
-Obrigatoriedade e severa vigilância no uso de máscaras;
-Orientação visual vertical e orientação sobre distanciamento entre as pessoas nos espaços comuns e no interior das lojas;
-Protocolos rigorosos de higienização de máquinas e equipamentos disponíveis ao público;
-Retiradas de bancos e sofás dos corredores;
-Distribuição de pontos de higienização das mãos em vários pontos nas áreas comuns e interior das unidades comerciais;
-Ampliação do espaçamento entre mesas nas praças de alimentação, conforme as regras sanitárias;
-Disponibilização de equipamentos de proteção individual a todos os funcionários.
Na semana passada, os lojistas de shopping centers solicitaram à ACP que manifeste aos controladores de shopping centers a necessidade de flexibilização nos contratos e o estabelecimento de novas modalidades contratuais e de locação, enquanto perdurar a crise. Há consenso de que a relação lojas/shopping centers terá que obedecer a um novo formato comercial diante da enorme queda no faturamento, dos novos hábitos que advirão da pandemia da Covid 19 e dos elevados custos para manter os negócios nos centros comerciais.