Aquisição, através de cooperativas habitacionais, representa custo até 40% menor que em bancos
Certamente você já ouviu algum expert em finanças afirmar que pagar aluguel, para alguns, pode ser mais rentável do que ter um imóvel. Mas será que na prática, a matemática é essa mesmo? Porque alguns fatores precisam ser considerados principalmente: a renda variável e a dependência da uma aposentadoria, abaixo da renda média ao longo da vida produtiva. O sonho da casa própria não deve ser menosprezado, pelo contrário, na ponta do lápis as contas podem indicar que é o melhor cálculo e, além disso, é medida de segurança, realização e até economia para uma aposentadoria tranquila com a família.
A maioria dos bancos indica que cobra 6,5% de juros ao ano + TR, para financiamento habitacional, mas na prática a maioria das pessoas gasta bem mais que isso e arca com juros de até 9% nas instituições financeiras. Alguns bancos permitem simulações de crédito, on line, vejamos a conta para aquisição de um apartamento de R$ 300 mil. O financiamento médio seria de 35 anos, ou seja, 420 parcelas. Dentro da possibilidade de aportar uma entrada de 20% do valor total, cerca de R$60 mil, o custo efetivo da dívida se eleva, e os juros aumentariam para a média de 9% ao ano. Em resumo, ao longo de três décadas e meia seria possível comprar, em valores de hoje, o equivalente a dois imóveis, mas ao final do financiamento você terá adquirido um imóvel para nunca mais se preocupar com este gasto. Porém, se a comparação for feita com o preço do aluguel o gasto parece ir pelo ralo. O valor médio de aluguel de um imóvel, deste mesmo valor, varia em torno de R$ 1000 e R$ 1500 reais por mês. Em 35 anos o gasto com a locação seria de R$ 420 mil, sem somar as correções anuais que representariam acréscimos também. Nesta conta, você gastaria o equivalente a um apartamento e meio, praticamente, ao longo de 35 anos, mas não teria adquirido nenhum imóvel e vai continuar pagando aluguel o restante da vida.
Uma pergunta que muda a perspectiva de muita gente é saber se ao longo desses 35 anos, a pessoa consegue manter a mesma capacidade de rendimento? A maioria dos brasileiros, infelizmente não, por uma série de fatores, e ainda tem a queda nos salários com o aumento da idade. O que para quem quer ter uma aposentadoria tranquila, não faz sentido. Com a renda média menor, mesmo que estabilizada, dificilmente a pessoa conseguiria manter o padrão do imóvel alugado, até o fim da vida. E os imprevistos, ainda não contabilizados, como gastos inesperados com a saúde ou para ajudar os filhos, achatariam ainda mais a aposentadoria.
Cooperativas habitacionais são alternativas mais baratas e imóveis podem custar até 40% menos
Existe outra opção de compra do imóvel que pode ser mais vantajosa através de uma cooperativa habitacional. A conta indica que o gasto é menor e o valor do imóvel pode custar até 40% menos, já que a cooperativa é uma entidade sem fins lucrativos.
Vejamos o cálculo através da cooperativa Cicom, na qual o preço final é composto pelo custo de construção e custo de administração. Um imóvel pelo qual o comprador vai pagar R$ 195 mil, custa até R$380 mil em outras modalidades de financiamento. “A cooperativa não pratica juros pré-fixados, nos planos diretos e, ao tornar-se um cooperado, a opção é um parcelamento do custo e, ainda, com a possibilidade de adesão sem valor de entrada” segundo diretor executivo da Cicom, Carlos Massini. No exemplo citado, de acordo com os cálculos, depois de pronto o sócio-cooperado poderá vender o imóvel pelo preço de mercado da região, que seria quase o dobro de até R$ 380 mil. “Se a opção for alugar o imóvel, a média da região está entre R$ 1.500 e 1.800 reais. O imóvel pode atender a família na aposentadoria ou representar renda extra”, avalia Massini.
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