Executivos de TI podem avançar nas jornadas de transformação digital de suas organizações ao adotarem um estilo de liderança focado em colaboração, treino e avaliação
Digamos que você tenha acabado de assumir o papel de líder de Infraestrutura e Operações em sua empresa. Seu antecessor não estava equipado para evoluir, além do estilo tradicional de liderança de comando e controle para atender às metas de transformação digital da organização. Você sabe que, para ser um líder de TI bem-sucedido na era digital, é preciso performar uma “liderança servidora”, sendo um facilitador e negociador, capaz de remover barreiras para sua equipe.
“O contexto e as nuances dos principais líderes de infraestrutura e de operações de TI podem ser bem diferentes se comparados a outras áreas de TI”, diz Katherine Lord, Analista Vice-Presidente do Gartner, Inc., líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas. “A era digital exige a liderança servidora, que requer pensamento sistêmico, colaboração, equipes flexíveis e versatilidade”.
De acordo com a analista, 80% das organizações que falharem no desenvolvimento de qualidades de liderança servidora não atingirão seus objetivos de transformação digital. Por isso, o Gartner identificou dez competências essenciais para que uma liderança de infraestrutura e de operações de TI consiga criar um plano de ação eficaz.
Os líderes devem ser adaptáveis, ter uma postura orientada aos negócios, ser agentes das mudanças, atuar como coach para o desenvolvimento da equipe e contar com boa comunicação. Além disso, é necessário ter inteligência emocional, ser um influenciador, ter habilidade para conectar as equipes, agir sempre de maneira altruísta e com pensamento sistêmico.
Essas competências devem enfatizar a importância de promover uma cultura focada em melhoria e experimentação (não em perfeição); desenvolvimento e lapidação de talentos; influência e apoio efetivo às inúmeras equipes da organização.
Nesse cenário, o Gartner recomenda três estratégias para que as empresas criem um plano de ação para cultivar a liderança servidora:
- Foque na Avaliação Interna –Primeiro, os líderes de infraestrutura e de operações de TI devem dedicar um tempo para refletir e determinar seu nível de habilidade para cada uma das competências necessárias. Em quais áreas eles estão tendo sucesso? Onde eles precisam desenvolver ou aprimorar suas habilidades? A ideia de autoavaliação pode ser assustadora, mas é absolutamente necessária para desenvolver esseplano de ação.
- Promova a Melhoria e a Adaptação –Depois que as lacunas e oportunidades de melhorias forem identificadas, crie um plano de ação que reduza as deficiências e desenvolva os pontos fortes existentes. Por exemplo, se você precisar se concentrar mais nos negócios, adapte uma mentalidade que exija uma melhor integração com seus colaboradores. Em seguida, crie uma ação específica para sustentar essa mentalidade, como possuir relatórios que utilizem uma linguagem mais orientada para os negócios, e não específica de tecnologia. Esteja ciente que este processo não acontece da noite para o dia. “A perfeição não é a meta”, afirma Lord.
- Estabeleça uma ação de Treino –Um dos aspectos mais importantes do trabalho dos líderes de infraestrutura e de operações de TI é serem ‘líderes de líderes’, em vez de simplesmente delegar trabalho. Treinamento e capacitação de relatórios diretos são fatores para praticar e propiciar uma liderança multifuncional, que quebrará segmentações organizacionais, criarão redes de suporte que vão além das funções tradicionais e incentivarão mais agilidade e eficiência. Esses investimentos em suas própriashabilidades de liderança e as de sua equipe produzirão resultados exponencialmente mais expressivos.
“Promover a liderança servidora em todo a Infraestrutura e Operações é uma das coisas mais eficientes que os líderes podem fazer para avançar na jornada de transformação digital de sua organização”, diz a analista do Gartner.