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Associadas da ABRAIDI em São Paulo constatam uma tímida retomada de cirurgias eletivas no mês de junho

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Presidente da ABRAIDI, Sérgio Rocha

Representantes de empresas com sede em São Paulo participaram de encontro regional promovido, em 10 de junho, pela Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde. Os executivos revelaram que a suspensão de cirurgias eletivas e a queda das emergenciais provocou redução de faturamento da ordem de 70%, em alguns casos com índices ainda maiores. Muitos contaram casos de pacientes que faleceram em casa ao postergar cirurgias nas áreas cardiovasculares e oncológicas por medo de contrair o coronavírus. A taxa de ocupação nos hospitais privados da cidade de São Paulo está reduzida, com os pacientes evitando as internações.

Os associados disseram que estão enfrentando problemas logísticos para o transporte de produtos para a saúde. Segundo pesquisa da ABRAIDI realizada durante a reunião, 76% afirmaram estar enfrentando dificuldades para entregar os materiais, 43% tiveram aumento no custo logístico entre 50% e 100%, outros 14% em mais de 100% de elevação. Alguns informaram terem optado pelo modal rodoviário para conseguir efetuar as entregas.

Os executivos ainda relataram dificuldades em receber de hospitais, operadoras, seguradoras e planos de saúde faturas já emitidas, a maioria delas antes mesmo do início da pandemia. Os representantes relataram glosas injustificadas e postergação de pagamentos, sem qualquer motivo plausível. O presidente da ABRAIDI, Sérgio Rocha, esclareceu que a Associação tem denunciado essas práticas abusivas no TCU, CGU, Anvisa, ANS e, mais recentemente, até na Comissão de Valores Mobiliários para aquelas operadoras que tem ação na Bolsa de Valores, que são: Bradesco Seguros, Sulamérica, Porto Seguro, Notredame Intermédica e Hapvida. Questionado por um associado, o presidente esclareceu que a Amil não integrou a denúncia na CVM, embora pratique as mesmas distorções das demais, apenas por não ter Capital Aberto.

Outro problema apontado foi a alta do dólar, em média 50%, que encarece a compra de materiais importados e insumos, como o titânio, bastante utilizado pela indústria nacional de produtos para a saúde. “Nas últimas semanas só estamos vendendo estoque, sem reposição de produtos, o que pode gerar um desabastecimento nos próximos meses”, afirmou Rocha. O diretor executivo da ABRAIDI informou que existe um projeto de lei no Congresso Nacional para que haja uma retroatividade do câmbio na cotação de 31 de dezembro de 2019, que era de R$ 4,03, para os importados.

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