Além de agravantes individuais como tabagismo e obesidade, estudos apontam que fatores como assistir televisão e sedentarismo podem aumentar os riscos do desenvolvimento de trombose.
Mas, apesar de já ser consideravelmente conhecida, a doença continua sendo constantemente estudada. Com isso, novos tratamentos e formas de prevenção surgem, assim como novos possíveis fatores de risco para o desenvolvimento da doença. “Os agravantes mais tradicionais são o tabagismo, a obesidade e o sedentarismo, pois eles estão envolvidos em uma dificuldade da circulação sanguínea”.
Mas um estudo de 2018 publicado no Journal of Thrombosis and Thrombolysis mostrou que o hábito de assistir muita televisão também está associado ao surgimento de coágulos sanguíneos, pois permanecer longos períodos sentado pode diminuir o fluxo de sangue para as pernas e pés. “Mesmo quem pratica atividades físicas regularmente possui mais chances de desenvolver trombose caso passe muito tempo sentado em frente à televisão, de acordo com o estudo”, destaca a angiologista.
Prevenção – Algumas medidas que visam melhorar a circulação podem ajudar na prevenção do quadro de trombose, principalmente no período de quarentena. “O recomendado então é que você pare de fumar, consuma bastante água, adote uma alimentação balanceada, realize exercícios físicos dentro de casa e evite passar muito tempo na mesma posição, levantando-se de hora em hora para se movimentar um pouco”, destaca a cirurgiã vascular. De acordo com a especialista, o uso de meias elásticas também pode ser indicado, já que essas meias comprimem os vasos sanguíneos, melhorando o retorno venoso e, consequentemente, prevenindo a trombose. “Porém, o mais importante é que você consulte um cirurgião vascular regularmente, principalmente se você tiver predisposição ou agravantes individuais associados à doença. Apenas ele poderá acompanhar sua situação, realizar um diagnóstico correto e, se for o caso, indicar o melhor tratamento para você”, finaliza.
FONTE: Dra. Aline Lamaita, Cirurgiã vascular e angiologista, é membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia, do American College of Phlebology, e do American College of Lifestyle Medicine. Formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, a médica participa, na Universidade de Harvard, de cursos de pós-graduação que ensinam ferramentas para estimular mudanças no estilo de vida nos pacientes em prol da melhora da longevidade e qualidade de vida. A médica possui título de especialista em Cirurgia Vascular pela Associação Médica Brasileira / Conselho Federal de Medicina. http://www.alinelamaita.com.
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