Atividade física regular reduz o risco de câncer de rim em até 22%1 e exercícios moderados podem contribuir com até 15%1 nos resultados do tratamento e diminuir potenciais efeitos causados pelo câncer, considerado o 12º tipo mais comum no mundo e mais prevalente entre os homens3
As neoplasias malignas, mais conhecidas como câncer, têm apresentado crescimento exponencial no mundo. No Brasil, a estimativa é de 625 mil novos casos apenas em 20202. No próximo dia 18, quinta-feira, é celebrado o Dia Mundial do Câncer Renal e, embora seja pouco conhecido, está entre os 10 tipos de câncer mais comuns no mundo3, com maior prevalência entre homens3, cuja idade média de diagnóstico é 64 anos3. O câncer renal é um dos que mais cresce em número de casos no mundo, com estimativa de aumento de 22% até o final deste ano4, em todo o mundo.
Atividade física como aliada na prevenção
Estudos mostram que ser fisicamente ativo reduz o risco de câncer de rim em até 22%1 e, mesmo que a pessoa já tenha recebido o diagnóstico da doença, exercícios moderados podem contribuir com até 15%1 nos resultados do tratamento e reduzir potenciais efeitos causados pelo câncer, como fadiga, ansiedade e depressão, além de melhorar a qualidade de vida1.
De acordo com a IKCC, rede internacional independente de organizações de pacientes que se dedica à conscientização sobre o câncer de rim, três em cada quatro pacientes com câncer de rim atualmente não fazem atividade física regularmente1. Sabemos o quão benéfico é para a nossa saúde adotar um estilo de vida saudável que inclua a prática regular de atividade física, inclusive, como ferramenta de prevenção para algumas doenças, como o câncer renal. “Daí a importância de apoiar campanhas como essa que visam aumentar a conscientização sobre como atividades simples e prazerosas, como caminhar, correr, praticar yoga ou andar de bicicleta, por exemplo, ajudam a promover a melhora do condicionamento físico e o bem-estar e até mesmo reduzir o risco de desenvolver doenças graves”, destaca o oncologista Fernando Maluf.
Campanha
Para alertar a população sobre os riscos da doença e a importância da prevenção, o Brasil recebe pelo segundo ano consecutivo a campanha “#FALAI: câncer de rim – precisamos falar sobre atividade física”, uma iniciativa do IKCC (International Kidney Cancer Coalition), rede internacional independente de organizações de pacientes com câncer renal que nasceu de um desejo muito forte de interagir, cooperar e compartilhar materiais, conhecimentos e experiências para mudar o cenário da doença. No Brasil, as organizações sociais Instituto Espaço de Vida e o Instituto Oncoguia – integrantes do IKCC, estão à frente da campanha. Em 2020 este movimento ganhou mais força com a Associação Brasileira de Enfermagem em Oncologia e Onco-Hematologia (ABRENFOH), o Instituto Lado a Lado pela Vida e o Instituto Vencer o Câncer, que resolveram abraçar essa causa também. A Campanha também conta com o apoio da empresa Bristol Myers Squibb (BMS).
No Brasil, a campanha, que acontece de 09 a 24 de junho em formato digital com uma série de ativações digitais e uma live especial no dia 18 de junho com o oncologista Fernando Maluf, fundador do Instituto Vencer o Câncer, levará o nome Fala Aí (#Falai) e terá como embaixador o ex-futebolista Denilson, representando o universo esportivo com foco no público masculino. A iniciativa contará, ainda, com outros grandes nomes do meio esportista, como o craque Neto e Tande, ex-jogador de voleibol e influenciadores digitais.
Principais sintomas
Os sintomas mais comuns de câncer de rim incluem sangue na urina, dor lombar de um lado, massa (caroço) na lateral ou na parte inferior das costas, fadiga, perda de apetite, perda de peso, febre e anemia, embora esses sinais possam ser provocados por outras doenças5, o que acaba muitas vezes fazendo com que as pessoas não deem tanta atenção aos sinais. Os médicos se utilizam de alguns tipos de exames para diagnosticar o câncer renal, que incluem histórico familiar, exames físicos, exames laboratoriais e de imagem3. Quando detectado, cerca de 30% dos casos já se apresentam em estágio avançado3, ou seja, o câncer já se encontra em outros órgãos.
Diagnóstico
Todos os anos, 338 mil pessoas no mundo são diagnosticadas com câncer renal. No Brasil, esse número gira em torno de 6.270 casos6. Esse tipo de câncer, geralmente, não apresenta sintomas no início do quadro, mas alguns hábitos podem servir de alerta para uma consulta ao médico5, principalmente para os fumantes, que têm o dobro de chances de desenvolver esse tipo de câncer7. Começar a fumar na adolescência pode ser um dos fatores associados à morte por câncer de rim na vida adulta7 e, além do tabagismo, pessoas acima do peso têm maior propensão de desenvolver câncer renal, pois a obesidade pode causar alterações no organismo, favorecendo o aparecimento da doença. Pressão alta também é um fator de risco para câncer renal, mesmo que o indivíduo mantenha o controle com remédios2.
Referências:
1. International Kidney Cancer Coalition (IKCC). Acesso em 03/06/2020. Disponível em: https://ikcc.org/
2. Instituto Nacional do Câncer (INCA) – Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil – Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/
3. American Cancer Society. Disponível em: https://www.cancer.org/cancer/
4. European Association of Urology – Scientific & Policy Briefing on Kidney Cancer. Disponível em: https://ecpc.org/wp-content/
5. American Cancer Society, About Kidney Cancer. Disponível em: https://www.cancer.org/cancer/
6. Instituto Oncoguia – Inca envia ao Oncoguia dados inéditos sobre incidência de câncer de rim. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/
7. AL HUSSEIN AL AWAMLH, Bashir et al. Association of Smoking and Death from Genitourinary Malignancies: Analysis of the National Longitudinal Mortality Study. The Journal of urology, v. 202, n. 6, p. 1248-1254, 2019.Association of Smoking and Death from Genitourinary Malignancies: Analysis of the National Longitudinal Mortality Study. Disponível em: https://www.auajournals.org/
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