Conheça o caso de uma empreendedora que passou a vender por whatsapp e hoje já tem neste meio 25% do seu faturamento. Outros comerciantes do Mercado Municipal de Curitiba também aderiram ao formato de vendas
Em tempos de pandemia e isolamento social, muitos estabelecimentos tradicionais encontraram-se frente a uma crise jamais vivenciada neste século: zero clientes. Enquanto alguns negócios juntaram-se aos aplicativos de delivery e entrega como IFood, Rappi e James, outros empreendedores partiram ao que os economistas chamam de economia de proximidade – algo que caminha no sentido oposto ao da globalização e que tem a ver com produzir localmente, transformar localmente e consumir localmente.
Foi esta a solução encontrada por muitos dos comerciantes do Mercado Municipal de Curitiba que desde março conta com uma lista de delivery e take away no seu site. “Foram 15 dias de portas fechadas para o público, mas não podíamos parar. Além de vendermos itens de utilidade básica como alimentos, por exemplo, trata-se da economia de mais de 500 famílias que dependem diretamente dos negócios que fazem do Mercado um dos principais centros comerciais de Curitiba”, descreve Mário Shiguemitu Yamasaki, presidente da Ascesme – Associação dos Comerciantes Estabelecidos no Mercado Municipal de Curitiba.
A empreendedora Mirthes Shimada, da Lanchonete e Pastelaria Ninki é um exemplo de sucesso neste formato. Logo no primeiro dia que o Mercado Municipal fechou para o público, ela se reinventou rapidamente. “Como ainda tinham algumas pessoas vindo trabalhar no Mercado, organizar as coisas, eu fui de loja em loja, e ofereci lanches rápidos, fiz todos os pedidos, cozinhei, entreguei e cobrei”, lembra, contando que nos primeiros dias de pandemia atuou sozinha no estabelecimento que gerencia há mais de 20 anos no Mercado.
No primeiro dia saíram 20 lanches, menos de 10% dos pedidos habituais pré-pandemia. No segundo dia, um pouco mais, e aí ela passou a aceitar pedidos via whatsapp de toda a região. Mirthes relata que ainda não chegou a 200 lanches por dia, mas na semana passada, atingiu 80% do seu faturamento diário graças ao novo sistema comercial implantado. “As vendas pelo whatsapp estão representando ¼ do meu faturamento e pretendo continuar mesmo quando a pandemia acabar”, descreve a empresária.
Outro caso é de Yoshihiro Yamasaki, da Banca do Yamasaki. Apesar de já trabalhar com delivery antes da pandemia, foi no período de isolamento social que o sistema ganhou destaque. Hoje, cerca de 40% do faturamento do estabelecimento vem das entregas: “Nós aprimoramos o contato com o cliente via WhatsApp, dando mais atenção para cada conversa. O resultado dessa proximidade com o consumidor está sendo tão positivo que tivemos que contratar novos motoboys para nos ajudar”.
Além de movimentar os negócios e atender a demanda de clientes que, por comodidade ou por necessidade, optam por receber os pedidos em casa, este modelo favorece a economia e os produtores locais. Também é um modelo mais pessoal, com atendimento personalizado e fidelidade conquistada.
Conheça os estabelecimentos do Mercado Municipal de Curitiba que estão oferecendo delivery neste formato pelo www.mercadomunicipaldecuritiba.com.br
Horário de funcionamento em período de isolamento social:
Terça a sábado das 8h às 18h
Domingo das 8h às 13h
Segunda: Fechado