Novos tempos exigem mais investimento nos profissionais de cibersegurança

Por Cleber Ribas, Vice-presidente da Blockbit

            Qual será o principal desafio de tecnologia da sua empresa em dez anos? Sendo bastante direto, não seria nenhum exagero dizer que será a segurança da informação. A explicação é simples: à medida que os negócios caminham em suas jornadas de transformação digital, cresce a importância da segurança dos dados e ativos que alimentam os sistemas e, em última instância, a tomada de decisões corporativas.

            A cibersegurança será o desafio do futuro das organizações. Isso não significa, porém, que os líderes corporativos têm a opção de esperar até que as projeções se concretizem. Pelo contrário. A melhor maneira de preparar as companhias para o que está por vir é, justamente, entender e resolver as dificuldades e brechas que as operações têm agora em suas rotinas.

            Esse tema já está presente e impacta diariamente os resultados corporativos. Quem está atento ao noticiário certamente já viu uma série de casos em que as vulnerabilidades e brechas levaram a enormes casos de vazamento ou roubo de dados.

            É essa perspectiva que tem levado centenas de líderes executivos de todo o mundo a se programarem para os desafios que suas organizações enfrentarão nos próximos anos. De acordo com levantamentos de mercado, a cibersegurança já era uma das principais preocupações dos Chief Executives Officers (CEOs) mesmo antes da pandemia de COVID-19. Agora, com o avanço do uso de soluções em Nuvem e a maior descentralização das equipes, é natural que a segurança digital cresça radicalmente em importância.

            O fato é que os executivos-chefes veem as ameaças à segurança cibernética como um de seus desafios mais assustadores e complexos. Um estudo do Fórum Econômico Mundial indicou que o temor de ataques de cibersegurança é, hoje, uma das maiores preocupações para o crescimento dos negócios dos líderes globais.

            A segurança da informação é um fator indissociável da competitividade das empresas e da experiência de atendimento aos clientes. Não se trata de um tema corporativo que possa ser visto separado das estratégias de produtividade, de vendas e tampouco de resultados. A cibersegurança é, no cenário atual, um elemento indispensável para permitir que as companhias tenham um futuro.

            Mas como, afinal, é possível gerenciar esse tema? De que maneira os líderes de negócios e de TI devem se posicionar para mitigar os riscos imediatos e de longo prazo em suas operações? A resposta para essas perguntas exige uma combinação de esforços que inclui a adoção de ferramentas modernas, especificamente preparadas para prevenir e afastar ameaças, e a criação de uma política organizacional sólida, com práticas centradas na proteção de dados.

            A escolha da tecnologia, nesse sentido, é uma etapa fundamental desse processo de proteção. Contar com ferramentas inteligentes, que agreguem insights e visibilidade ao gerenciamento das marcas, é essencial para integrar a segurança como um facilitador da inovação, do avanço da oferta e da atenção aos consumidores.

            Paralelo a isso, no entanto, é preciso valorizar os especialistas em segurança da informação. Nesse contexto, podemos dizer que é importante ter profissionais específicos para o acompanhamento desse tema e investir na formação de outros colaboradores, aparentemente não ligados ao tema, que possam apoiar a proteção dos dados das empresas.

            Evidentemente, essa demanda nos remete a um outro desafio das organizações, que é achar os melhores talentos. De maneira global, as pesquisas apontam para a dificuldade de preencher posições de segurança cibernética. Estima-se que há um gap de quase 3 milhões de especialistas em segurança cibernética em todo o mundo.

            Sem dúvida, esta é uma questão relevante e desafiadora. Mas vale dizer que, sem a participação das empresas, jamais teremos uma solução. É preciso atacar o quanto antes essa falta de especialistas, valorizando os talentos da área e fomentando as certificações e qualificação de novos grupos de profissionais. Montar uma equipe engajada e habilitada com tecnologia de ponta é essencial para o agora, mas fazer com que esses jovens se especializem é o que fará a diferença lá na frente.

            As empresas devem complementar o investimento em tecnologia com ações que permitam valorizar as pessoas e estimular o desenvolvimento das habilidades em suas equipes. Somente assim terão um plano sólido para tornar a segurança cibernética de suas operações mais efetivas. Combinar soluções de gerenciamento de segurança mais inteligentes e profissionais preparados para antever e detectar falhas de processos são demandas que não podem ser deixadas para o amanhã. A melhor estratégia para a proteção dos dados no futuro é aquela que começa agora.

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