No Brasil, o Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE) é um dos que fazem uso do tratamento. “Hoje, o TEACCH é considerado um dos modelos mais completos pelos especialistas. Ele consegue incorporar recursos e estratégias ao dia a dia do paciente com problemas relacionados a comunicação, auxiliando no seu desenvolvimento. Outro ponto positivo é que o TEACCH pode acompanhar o indivíduo até mesmo na fase adulta”, avalia a psicopedagoga Terezinha Bartholomei.
Os benefícios são vários, segundo a especialista, mas o principal é dar estrutura para que a pessoa com autismo consiga sua independência. “Por ser um tratamento dinâmico, conseguimos adequá-lo às necessidades de cada um, o que traz ótimos resultados”, completa. Os principais objetivos do tratamento são: ensinar que cada espaço tem a sua função; ensinar a respeitar os limites visuais; ensinar códigos de comunicação; orientar a seguir uma lógica e transição de trabalho; guiar a rotina com flexibilidade e ensinar habilidades de autocuidados.
Estima-se que hoje, o Transtorno do Espectro Autista atinja 1 a cada 58 crianças no mundo. Vale lembrar que o autismo não deriva de uma causa única, mas sim de um espectro de transtornos que podem variar de acordo com o indivíduo. No geral, pessoas com autismo tem dificuldade no convívio social, apresentam comportamentos repetitivos e, em alguns casos, podem apresentar ansiedade e transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). (bruna.bozza@reversacomunicacao.com.br)