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Estudo revela: 76% dos alunos brasileiros tiveram saúde mental prejudicada pela pandemia

Chegg.org, a divisão sem fins lucrativos da edtech do Vale do Silício Chegg, lança hoje a Global Student Survey: a pesquisa mais abrangente e atualizada sobre a vida, as esperanças e os medos de estudantes universitários de 21 países na era da COVID e além.

  • Três quartos (76%) dos universitários brasileiros dizem que sua saúde mental foi prejudicada durante o período da COVID-19, um dos níveis mais altos entre os países pesquisados.
  • Apenas 20% dos estudantes brasileiros acreditam que vivem em uma sociedade aberta, livre, que apoia a diversidade e os menos afortunados e oferece oportunidades iguais a todos – o nível mais baixo entre os países pesquisados.
  • Somente 39% dos estudantes brasileiros consideram que o país é um bom lugar para se viver – o terceiro menor índice entre os países pesquisados, atrás de Argentina (16%), Rússia e México (ambos com 37%).
Estudo revela: 76% dos alunos brasileiros tiveram saúde mental prejudicada pela pandemia
Dan Rosensweig
(Divulgação)

Três quartos (76%) dos universitários brasileiros dizem que sua saúde mental foi prejudicada durante o período da COVID-19, um dos níveis mais altos entre os países pesquisados, ao lado de Estados Unidos (75%) e Canadá (73%). Desses, 5% tentaram tirar a própria vida, 17% pensaram em tirar a própria vida, 6% se automutilaram, 21% procuraram ajuda para a saúde mental e 87% disseram que seu nível de estresse e ansiedade aumentou.

Essas descobertas estão entre as publicadas hoje pela Chegg.org, divisão sem fins lucrativos da empresa de tecnologia educacional do Vale do Silício Chegg. Elas são baseadas em pesquisas de opinião minuciosas da Yonder (anteriormente conhecida como Populus) realizadas com cerca de 17.000 estudantes universitários de 18 a 21 anos em 21 países ao redor do mundo, incluindo 1.000 estudantes do Brasil. A pesquisa Global Student Survey da Chegg.orgé a pesquisa mais abrangente e atualizada sobre a vida, as esperanças e os medos dos estudantes universitários de todo o mundo na era da COVID e além.

A pesquisa também constatou que apenas 20% dos estudantes brasileiros acreditam que vivem em uma sociedade aberta, livre, que apoia a diversidade e os menos afortunados e oferece oportunidades iguais a todos – o nível mais baixo entre os países pesquisados.

Somente 39% dos estudantes brasileiros consideram que o país é um bom lugar para se viver – o terceiro menor índice entre os países pesquisados, atrás de Argentina (16%), Rússia e México (empatados com 37%). Em contrapartida, 93% dos estudantes chineses consideram que o país é um bom lugar para se viver, mais do que em qualquer outro país pesquisado, seguido pelos índices da Austrália e do Canadá (ambos com 90%). Quase metade (48%) dos entrevistados disse que o Brasil é um lugar pior para se viver do que há cinco anos, em comparação com apenas 31% que disseram é um lugar melhor para se viver.

No entanto, oito em cada dez (81%) estudantes brasileiros acreditam que sua formação os está preparando bem para o mercado de trabalho, o terceiro maior índice entre os países pesquisados, atrás de Indonésia (87%) e China (85%). Em comparação, menos da metade (46%) dos estudantes sul-coreanos acham que sua formação os está preparando bem para o mercado de trabalho, o número mais baixo entre os países pesquisados.

Enquanto isso, quase oito em cada dez (78%) estudantes brasileiros acreditam que terão sua própria casa antes dos 35 anos, o quarto maior número entre os países pesquisados, atrás de Quênia (92%), Indonésia (86%) e Índia (84%). Em comparação, apenas 31% dos estudantes japoneses acreditam que terão uma casa própria aos 35 anos, a menor média entre os países pesquisados.

Os resultados globais da pesquisa mostram que os estudantes brasileiros concordam com seus pares de todos os 21 países quando se trata de como o ensino superior deve adotar a aprendizagem on-line.Dois terços (65%) dos estudantes de todos os países pesquisados disseram que prefeririam que a universidade oferecesse a opção de ter mais aulas on-line se isso significasse pagar mensalidades mais baixas. Em todos os 21 países pesquisados, um número significativamente maior de estudantes prefere que a universidade ofereça a opção de ter mais aulas on-line se isso significar pagar menos do que aqueles que não optarem por isso.

Dan Rosensweig, presidente e CEO da Chegg, destaca:

“Uma coisa que une estudantes de todo o mundo é o fato de que eles experimentaram em primeira mão as maiores dificuldades na educação que o mundo já teve. Esta pesquisa mostra que a pandemia de COVID expôs para os alunos que o modelo de ensino superior precisa ser reformulado, mais curto, sob demanda e personalizado, além de oferecer suporte expansível.  A tecnologia e a aprendizagem on-line são partes integrantes da educação moderna e devem reduzir drasticamente os custos do aprendizado, tornando-o mais baseado em habilidades.

 “Quando aproximadamente dois terços dos estudantes de todos os países entrevistados dizem que gostariam que sua universidade oferecesse a opção de ter mais aulas on-line se isso significasse pagar mensalidades mais baixas e mais da metade dos alunos dizem que prefeririam que seu curso universitário fosse mais curto, se também fosse mais acessível, sabemos que algo precisa mudar.”

Lila Thomas, diretora de impacto social da Chegg e presidente da Chegg.org, diz:

“Em todo o mundo, os estudantes nos disseram claramente que os maiores problemas enfrentados por sua geração são o acesso a empregos de boa qualidade e a crescente desigualdade. Lidar com esses desafios é mais importante do que nunca após a devastação econômica causada pela COVID, e a educação é a chave para isso.”

OUTRAS DESCOBERTAS IMPORTANTES  BRASIL

  1. Os ricos ficando mais ricos e os pobres ficando mais pobres é o maior problema que os estudantes brasileiros sentem que sua geração está enfrentando, opção escolhida por 34% dos entrevistados. Ele é seguido pelo acesso a empregos de boa qualidade (24%), garantia de educação para todas as crianças (14%), mudanças climáticas (10%), assistência médica (10%), guerras e conflitos (6%) e acesso a moradias de boa qualidade (3%).
  2. No último ano, 61% dos universitários brasileiros tiveram dificuldade para arcar com seus custos de vida. 40% tiveram dificuldades com o pagamento de serviços públicos, 25% com alimentação, 19% com aluguel/hipoteca e25%com contas médicas.
  3. Mais de nove em cada dez (93%) estudantes brasileiros disseram que sua universidade parou de oferecer aulas presenciais durante a pandemia de COVID-19, a segunda maior média entre os países pesquisados, atrás do Japão (95%).
  4. 45% dos estudantes brasileiros relataram preferir que a universidade oferecesse a opção de ter mais aulas on-line se isso significasse pagar mensalidades mais baixas.

PRINCIPAIS DESCOBERTAS – INTERNACIONAL

  1. Dois terços (65%) dos estudantes de todos os países pesquisados disseram que prefeririam que a universidade oferecesse a opção de ter mais aulas on-line se isso significasse pagar mensalidades mais baixas. Em todos os 21 países pesquisados, mais estudantes preferem que a universidade ofereça a opção de ter mais aulas on-line se isso significar pagar menos do que aqueles que não optarem por isso.
  2. Mais da metade (54%) dos estudantes de todos os países pesquisados dizem que, se fosse mais barato, eles prefeririam que a graduação fosse concluída em menos tempo.
  3. Após a pandemia de COVID-19, 48% dos estudantes dos 21 países pesquisados gostariam que seu curso universitário incorporasse mais recursos de aprendizagem on-line, contra apenas 34% que não gostariam. Em 14 dos 21 países pesquisados, há mais estudantes que querem que o curso universitário incorpore mais recursos de aprendizagem on-line depois da pandemia do que aqueles que não querem.
  4. Mais da metade (56%) dos estudantes dos 21 países pesquisados disseram que sua saúde mental foi prejudicada durante o período da COVID-19. Desses, 3% tentaram tirar a própria vida, 15% pensaram em tirar a própria vida, 8% se automutilaram, 17% procuraram ajuda para a saúde mental e 81% disseram que seu nível de estresse e ansiedade aumentou.
  5. Um terço (33%) de todos os estudantes pesquisados não acreditam que vivem em uma sociedade aberta, livre, que apoia a diversidade e os menos afortunados e oferece oportunidades iguais a todos.
  6. Os ricos ficando mais ricos e os pobres ficando mais pobres e o acesso a empregos de boa qualidade são os dois maiores problemas que os estudantes sentem que sua geração está enfrentando, opções escolhidas por 27% e 25% dos participantes, respectivamente, nos 21 países pesquisados. As outras opções mais escolhidas são mudanças climáticas (20%), garantia de educação para todas as crianças (8%), guerras e conflitos (7%), assistência médica (7%) e acesso a moradias de boa qualidade (6%).
  7. Em todos os países latino-americanos pesquisados – Brasil, Argentina e México –, mais estudantes consideravam que seu país era um lugar pior para se viver em comparação com cinco anos atrás do que um lugar melhor. Na maioria dos países asiáticos, com exceção da Coreia do Sul, mais estudantes consideravam que o país era um lugar melhor para se viver em comparação com cinco anos atrás do que um lugar pior.
  8. 57% dos estudantes dos países asiáticos pesquisados achavam que seu país era um lugar melhor para se viver do que há cinco anos, em comparação com 26% nos países latino-americanos, 29% nos países europeus e 39% nos países norte-americanos. Os três países latino-americanos pesquisados, ao lado da Rússia, tiveram a menor proporção de estudantes dizendo que seu país era um bom lugar para se viver.
  9. Estudantes de economias emergentes eram mais propensos a se sentir esperançosos sobre suas finanças no futuro do que estudantes de economias desenvolvidas, com China (84%), Quênia (84%) e Índia (80%) com a pontuação mais alta e Japão (31%), Itália (45%), Coreia do Sul (46%) e Espanha (50%) com a pontuação mais baixa.
  10. Estudantes de economias emergentes estão mais confiantes de que terão sua própria casa antes dos 35 anos do que estudantes de economias desenvolvidas, com Quênia (92%), Indonésia (86%), Índia (84%) e Brasil (78%) com a pontuação mais alta e Japão (31%) e Coreia do Sul (39%) com a pontuação mais baixa.
  11. O emprego é a principal motivação para os estudantes irem para a universidade. Em todos os 21 países pesquisados, 21% dos estudantes disseram que sua principal motivação foi que a carreira específica desejada por eles exigia um diploma, enquanto 19% relataram que a motivação era ampliar suas perspectivas de emprego. Outros 19% disseram que foram para a universidade porque são apaixonados pelo assunto. Enquanto isso, 14% queriam aumentar seu potencial de renda, 7% sentiam que deveriam ir, 5% queriam experimentar a vida social de um estudante, 5% pretendiam fazer networking ou conhecer contatos que possam ajudá-los no futuro e 4% disseram que havia poucas oportunidades de trabalho disponíveis, então optaram por continuar os estudos.
  12. No último ano, mais da metade (53%) dos estudantes de todos os países pesquisados tiveram dificuldade para arcar com seus custos de vida. 23% tiveram dificuldades com o pagamento do aluguel/hipoteca, 23% com contas de serviços públicos, 22% com alimentação e 16% com tratamentos/serviços médicos.
  13. Três em cada dez (31%) estudantes de todos os países pesquisados têm dívidas ou empréstimos relacionados aos estudos universitários. A proporção de estudantes com dívidas tende a ser consideravelmente menor nos países da Europa continental (11%) e latino-americanos (12%) pesquisados em comparação com países anglo-saxões (61%).
  14. 35% dos estudantes que têm uma dívida ou um empréstimo relacionado com estudos perderam o sono pensando no assunto, enquanto 21% disseram que isso os deixa tão ansiosos que tiveram de procurar ajuda médica e 38% afirmaram que isso os faz desejar ter feito uma escolha diferente. Três em cada dez (31%) acham que nunca pagarão sua dívida.
  15. Quatro em cada dez (39%) alunos entrevistados disseram que eles ou seus pais pagaram por plataformas/ferramentas/aplicativos educacionais on-line que não foram fornecidas pela universidade para ajudar no aprendizado.

Sobre a Chegg.org

Chegg.org é o braço de impacto, ativismo e pesquisa da Chegg: abordando os problemas enfrentados pelos alunos de hoje. Para obter mais informações, visite www.chegg.org

Chegg: Uma maneira mais inteligente de ser Student®. Nós trabalhamos para melhorar resultados educacionais, colocando o aluno em primeiro lugar. Apoiamos os alunos em sua jornada desde o ensino médio até a faculdade e em suas carreiras, proporcionando ferramentas projetadas para ajudá-los a aprender com os materiais dos seus cursos, a obter sucesso nas aulas e a economizar dinheiro com os materiais necessários. Nossos serviços estão disponíveis on-line, a qualquer hora e em qualquer lugar. A Chegg é uma empresa de capital aberto com sede em Santa Clara, Califórnia, com ações na bolsa de NYSE sob o símbolo CHGG. Para obter mais informações, visite www.chegg.com

Sobre a pesquisa

A Chegg.org contratou a empresa de pesquisas de opinião Yonder (ex-Populus) para realizar a pesquisa. A Yonder entrevistou 16.839 estudantes de graduação com 18 a 21 anos em 21 países entre os dias 20 de outubro e 10 de novembro de 2020.  Os países incluídos na pesquisa são Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Quênia, Malásia, México, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Espanha, Turquia, Reino Unido, EUA e Rússia.  Os tamanhos das amostras variaram de 500 a 1.007 em cada país.  Os resultados globais representam as conclusões combinadas dos 21 países estudados.  A Yonder é membro do British Polling Council e cumpre as regras da entidade. Para mais detalhes, acesse www.yonderconsulting.com

 amandalima@agenciarace.com.br

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