Luiz Antônio Langer*
Ao que tudo indica, em 2021 ainda poderemos enfrentar uma certa turbulência econômica, reflexo da pandemia de covid-19 que persiste não só no Brasil, mas em todo o mundo. Assim, todo esforço que tenha por objetivo facilitar o ambiente produtivo tende a catalisar o processo de melhoria das condições empresariais e, consequentemente, da geração de renda, tão necessária.
Nesse cenário, a desburocratização do Poder Público parece até lugar-comum na maioria dos discursos, mas sabemos o quanto isso é importante, principalmente em relação à perspectiva do desenrolar da crise potencializada pelo novo coronavírus.
Cada segmento produtivo está cercado por uma série de gargalos, muitos dos quais poderiam ser suplantados com simples modificações, deixando os processos mais ágeis e interessantes para todos. Já podemos perceber reflexos positivos decorrentes da digitalização das relações e dos procedimentos junto à esfera pública, demandas recorrentes que foram priorizadas por conta da pandemia.
Mas como poderemos ajudar ainda mais na evolução econômica da sociedade? Se esse movimento for feito de forma sistêmica, com a participação de quem mais entende de cada setor, ou seja, aqueles que há muito tempo nele atuam e detêm notório saber sobre a área, poderemos, em curto prazo, ver uma série de avanços que serão traduzidos em melhoras de performances empresariais, de geração de empregos e de renda.
No segmento habitacional, há uma série de questões que precisam de um olhar atento por parte do Poder Público para que laços não se transformem nós – e caso se transformem, possam ser desatados. Simplificações podem ser feitas envolvendo loteamentos, por exemplo. Estes impulsionarão a construção civil e, por conseguinte, a geração de empregos e de renda.
Os desafios são muitos e no caso do Sindicato da Habitação e Condomínio do Paraná (Secovi-PR), a nossa função é exatamente representar o setor habitacional e de condomínios.
Ficamos, nesse sentido, muito satisfeitos com o convite do Governo do Estado, por meio Secretário Chefe da Casa Civil Guto Silva, para que a entidade participe do Comitê Permanente de Desburocratização, iniciativa do Programa Descomplica e que conta com a participação de 25 entidades do setor produtivo. O objetivo é, justamente, identificar os principais gargalos públicos que atrapalham o ambiente de negócios no Paraná. Esse convite, que foi de pronto aceito, reforça o papel institucional e a representação exercida pela entidade na defesa dos interesses do setor e da sociedade.
* Por Luiz Antônio Langer é presidente do Secovi-PR (Sindicato da Habitação e Condomínios).