Em busca de conforto, consumidores investem em produtos tecnológicos domésticos e setor de energia elétrica se prepara para comportar aumento ainda maior no consumo de luz
No ano passado, os aparatos tecnológicos como celulares, tablets, notebooks e smart tvs, sem dúvida, foram os principais aliados da população. Da noite para o dia, o que antes era muitas vezes dispensável, se tornou, simplesmente, necessário. Os hábitos diários mais básicos e comuns, como sair para trabalhar e deixar os filhos na porta da escola, foram substituídos e a rotina de grande parte da população mudou completamente. O ambiente domiciliar, antes local de descanso, virou também escritório, sala de aula e academia.
O mercado de soluções tecnológicas para o lar está atento às transformações de hábitos causadas pela pandemia e planeja lançar nesse ano uma série de produtos que prometem facilitar ainda mais a vida de quem precisa ficar em casa. O plano das empresas de tecnologia é oferecer soluções modernas para quem quer conforto e praticidade dentro do lar, por meio da automação residencial. O recurso tem o objetivo de tornar as casas inteligentes, aplicando tecnologias para facilitar tarefas que antes dependiam somente do morador. Já imaginou, por exemplo, ter uma geladeira que te avisa quando a manteiga está acabando e faz a compra, via aplicativo, de um novo tablete automaticamente? Esse é apenas um exemplo do que teremos no futuro dentro dos domicílios.
Porém, o processo de modernização residencial, não depende só do engajamento dos consumidores e das inovações desenvolvidas pelas empresas. No centro de tudo existe um componente primordial que possibilita as transformações: a energia elétrica. Sem ela, nenhum dos avanços que conhecemos seria possível e o setor responsável viveu um ano desafiador para absorver o aumento de demanda gerado pela pandemia, conforme explica o doutor em engenharia, Gilson Paulillo.
“As famílias mudaram a forma de consumir energia elétrica, o que trouxe impactos importantes para a operação e a gestão das redes. Foi preciso fazer a ampliação dos canais digitais para relacionamento com os consumidores e adaptações estruturais. Porém, mesmo diante desse desafio, o setor respondeu positivamente, atendendo aos requisitos técnicos e regulatórios de forma segura e com qualidade”, explica.
Gilson Paulillo afirma que o plano para 2021 é investir ainda mais na digitalização e fornecer infraestrutura para acomodar todas as soluções tecnológicas que estão surgindo. “Há investimentos significativos em ampliação da geração distribuída, adoção em larga escala das fontes renováveis de grande porte, mobilidade elétrica, sistemas de armazenamento de energia e sistemas de comunicação. O 5G é a tendência de futuro para o setor. O futuro do setor elétrico é cada vez mais digital, descentralizado, descarbonizado, diversificado, diruptivo e sustentável”, conclui.
Soluções para economizar
Contar com todas as vantagens que a tecnologia tem a oferecer é muito satisfatório, porém, tem um custo elevado. Em função da mudança de rotina e com tempo maior dentro de casa, uma das grandes preocupações dos consumidores residenciais e comerciais tem sido arcar com os altos valores da conta de luz. O abre e fecha da geladeira, o computador e a tv ligados o dia inteiro são exemplos de situações que levam a um aumento substancial de gostos e pesam no bolso.
A boa notícia é que também já é possível contar com a tecnologia para economizar. Um exemplo disso é a solução Energia das Coisas, lançada em 2020 pela HomeCarbon Energy Solutions. O dispositivo mostra quando há um aumento de consumo, assim, o usuário do aplicativo é educado a praticar hábitos mais controlados, podendo ter uma economia de 10% a 30% ou mais.
O diretor da empresa e idealizador da solução, Rodrigo Lagreca, explica que a ferramenta busca trabalhar o comportamento das pessoas, o que conduz naturalmente a uma diminuição dos gastos com luz. “É um aplicativo que possibilita o engajamento do usuário, pois a cada ato que faz em casa, como, por exemplo, ligar o chuveiro, o monitor acusa esse aumento de carga. Essa resposta rápida que o equipamento proporciona permite se envolver e entender os impactos que isso causa na fatura de energia”, explica Rodrigo.
A solução é benéfica não apenas ao consumidor residencial, como também ao comercial, que são educados sobre consumo consciente. Lagreca explica que os usuários do aplicativo aprendem conceitos de eletricidade e os benefícios de comprar equipamentos corretos que possuam o selo PROCEL. “Quem utiliza o Energia das Coisas passa a entender quanto custa o tempo de uso do chuveiro elétrico, do aquecer e descongelar alimentos no micro-ondas, manter o ar-condicionado ligado e o computador conectado à luz. Quanto mais acompanhar o consumo e notificar o sistema, mais inteligente o monitoramento se tornará e mais ajustado a interpretar o consumo”, finaliza.
A solução Energia das Coisas vem sendo desenvolvida desde 2017, quando o sistema de monitoramento foi instalado em fase de pré-testes em mais de 50 domicílios distribuídos em seis concessionárias pelas cinco regiões do país. A solução Energia das Coisas está disponível para venda no site www.energiadascoisas.com.br. Para instalação, a recomendação é que seja realizada por técnico certificado pelo NR10.