Assim como médicos, enfermeiros e outros trabalhadores da saúde, profissionais de limpeza de hospitais e centros de saúde têm prioridade para tomar vacina contra Covid-19
Era uma noite de segunda-feira (19/01) quando os primeiros paranaenses foram vacinados contra a Covid-19. Oito profissionais que atuam na linha de frente do enfrentamento à doença receberam, no Hospital do Trabalhador, as primeiras doses da vacina. Entre eles estava Neura Cordeiro Barbosa, 46, encarregada de limpeza e higienização. Assim como os trabalhadores da área da saúde, os profissionais do setor de limpeza das unidades de saúde que lidam diretamente com o vírus têm prioridade para receber a vacinação.
Neura atua no Hospital do Trabalhador há pouco mais de um ano e, por isso, está frente a frente com a pandemia desde que ela desembarcou no Paraná. “Minha equipe ficou muito feliz porque achou que seria esquecida, que o setor de higienização seria o último a tomar a vacina. Mas recebemos esse convite e eu fiquei muito feliz por poder representar a nossa categoria”, comemora. Ela lembra que a higienização de instituições de saúde é parte imprescindível do trabalho nesses locais. “Sem a higienização adequada, os pacientes não podem utilizar os leitos. Há muitos riscos em colocar o paciente em um leito com uma higienização mal feita, uma técnica mal aplicada. Isso é um fato desde sempre, muito antes da pandemia”, aponta.
Por isso, a limpeza vem sendo uma frente importante no combate ao novo coronavírus. No início da pandemia, o governo federal a declarou como um serviço essencial, tanto quanto o trabalho de médicos e enfermeiros. “Esse é um movimento importante em um momento como este, dado que a limpeza profissional é essencial para eliminar focos de vírus, fungos, bactérias e outros micro-organismos que podem causar doenças tão graves quanto a Covid-19”, ressalta Cássia Almeida, superintendente executiva da Fundação de Asseio e Conservação, Serviços Especializados e Facilites (Facop). Segundo ela, reconhecer a relevância desses profissionais e sua atuação junto às unidades de saúde também é uma forma de manter a sociedade mais protegida. A capacitação de profissionais do setor é uma maneira eficaz de garantir que os trabalhadores da limpeza estejam devidamente preparados para enfrentar situações como a de uma pandemia. “Por meio dessa capacitação, é possível tornar os protocolos de limpeza mais assertivos e eficientes, de modo a proporcionar, de fato, avanços no combate a doenças causadas pelos mais diversos micro-organismos”, completa Cássia.
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Sobre a Facop
A Fundação do Asseio e Conservação, Serviços Especializados e Facilities (FACOP) é o resultado da união dos sindicatos patronal (SEAC-PR) e laboral (Siemaco) do setor do asseio e conservação. Ela funciona com três unidades de negócio – Centro de Educação Profissional Nahyr Kalckmann de Arruda (CEPNKA), Central de Empregos, e SESMT Coletivo – de modo a prestar apoio ao setor na capacitação, encaminhamento para vagas de emprego e medicina e segurança do trabalho. A Facop trabalha com a educação e a profissionalização como ferramenta para a emancipação social e a melhoria constante dos serviços oferecidos pelas empresas. Desde sua fundação, em 2002, já são mais de 70 mil certificados emitidos pela instituição. Em breve, a Facop vai lançar o primeiro Museu da Limpeza Profissional em todo o mundo, que conta a história do setor.