Em 2020, as companhias residentes no Biopark registraram 70% de crescimento no faturamento médio
Fazer com que as empresas cresçam, se desenvolvam, gerem negócios, renda e empregos é o objetivo do Biopark. Localizado em Toledo, Oeste do Paraná (PR), o Biopark é o primeiro Parque Científico e Tecnológico on demand side do Brasil — projeto do empresário Luiz Donaduzzi e de sua esposa Carmen Donaduzzi, que acumulam 40 anos de gestão empresarial, tendo desenvolvido também a indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi.
Por meio de uma proposta inovadora, as empresas participantes do Programa de Residência do Biopark têm acesso à estrutura física em espaços que vão desde salas exclusivas para escritórios, áreas industriais ou coworking, de acordo com a necessidade de cada negócio, além da isenção de aluguel, luz, água e internet por um ano.
Somam-se ainda aos benefícios ofertados, mentorias voltadas para o crescimento dos negócios e diversos serviços, como Contabilidade; Advocacia; RH; Registro de Marcas e Patentes; Agência de Marketing; Plataforma de Gestão CRM; Acesso a crédito e valor diferenciado para Plano de Saúde, bem como financiamento com parceiros.
A parceria com o Sebrae, que consiste em consultorias personalizadas a partir do perfil e grau de maturidade de cada negócio, e o apoio para formação de mão de obra nas instituições de ensino instaladas no empreendimento também são diferenciais. Além da iniciativa própria, o Biopark Educação, atuam no local a Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Universidade Tecnológica Federal do Paraná e o Instituto Federal do Paraná.
Ativo desde 2018, o programa é voltado para startups ou negócios já consolidados (pequenos, médios ou grandes) que atuem de maneira inovadora nas áreas da Saúde, Tecnologia da Informação e Agronegócio. Atualmente, participam mais de 100 empresas, dessas 16 são internacionais.
Mentorias
Ministradas por profissionais experientes em diversas áreas de um negócio, que conhecem o dia a dia das empresas, as mentorias ofertadas pelo Biopark são gratuitas e possuem foco prático, auxiliando na solução de problemas, que vão desde a parte financeira, marketing, jurídico, inovação, entre outras.
De acordo com Victor Donaduzzi, diretor institucional do Biopark e responsável pela organização das mentorias, para que sejam efetivas, todos os detalhes são pensados nas especificidades de cada negócio. “O Biopark é um ecossistema que se preocupa com o crescimento das empresas. O nosso sucesso está atrelado ao sucesso delas. As empresas que souberem se valer dessa duplicidade, vão crescer também”, comenta.
Por ser uma iniciativa que visa facilitar a vida do empreendedor, transmitindo-o conhecimento prático e solidez, a dinâmica dos encontros é focada no seu dia a dia. Durante os encontros, os empresários aprendem valiosas lições por meio da experiência de quem já enfrentou e superou grandes desafios no mercado empresarial.
Donaduzzi explica que as mentorias ajudam as empresas a converterem os conhecimentos transmitidos em ideias e ações, gerando resultados. Em 2020, as startups residentes no Biopark tiveram em média de 70% de crescimento no faturamento médio.
Este foi o caso da Manfing, startup especializada em Inteligência Artificial que vivenciou as mudanças positivas das mentorias no seu negócio. Segundo Leandro Volanick, CTO da empresa, os encontros de mentoria clarearam a sua visão a respeito de seu produto e o público-alvo. Com pequenos ajustes no planejamento e estratégia, o executivo viu seu faturamento aumentar. “Tivemos resultados em pouco tempo de residência. Agora, nós atendemos clientes de todo o Brasil e empresas multinacionais”, ressalta. Para ele, o Biopark dispõe de uma troca de conhecimento que é única. “Há uma sinergia entre empresas e pessoas que estão no ambiente, em que todos estão dispostos a ajudar”, afirma.
A Flexvet, empresa pioneira em equipamentos veterinários odontológicos do Brasil, presente há três meses no Biopark, também já se beneficia com o programa. “A mentoria faz toda a diferença, aplicar esse suporte oferecido me fez abrir mais o leque, organizar a empresa e isso já reflete nas vendas. Hoje, o faturamento é melhor, e temos uma abrangência melhor nacionalmente. Anualmente, produzimos 70 equipamentos. Neste ano, reflexo das mentorias, a expectativa é que produzamos 120 equipamentos”, frisa o fundador da empresa, Dirceu Mascimo Junior.
Residentes de outras nacionalidades
Não há fronteiras para o Biopark, que está atraindo empresas de outros países, fornecendo toda a ajuda necessária, desde documentação, moradia, até curso de Língua Portuguesa.
A empresa Perceptron, do Chile, que usa modelos matemáticos e cria soluções para agroindústrias e empresas das áreas Financeira e da Saúde, recentemente ingressou no Biopark. O líder do projeto de Ciência de Dados da Perceptron, Max Flández, conta que buscou o Brasil para se instalar por ser um país líder em agronegócio mundial. “É uma oportunidade de interagir, conhecer, compartilhar e expandir redes de contatos”, explica.
Flández ainda ressalta que o suporte do Biopark é significativo para os negócios. “Nós temos mentores que nos treinaram sobre como é possível nos apresentar, falar dos nossos serviços e entender as necessidades do cliente, e fazem isso com muita dedicação e disposição.”
Até o final de 2021, o Biopark tem como meta contar com 300 empresas residentes, o que representa um crescimento de 200%. A expectativa é que em 30 anos sejam gerados 30 mil postos de trabalho, e que o empreendimento conte com uma população de 75 mil habitantes.
