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A saúde também está na biblioteca

Bibliotecários intensificam atuação na área da saúde para atender demandas geradas pela pandemia

O bibliotecário, por sua formação para lidar com a organização e disseminação da informação em seus diversos suportes e formatos, atua em um mercado amplo e diversificado que inclui a área de saúde. Com a pandemia de Covid-19 aumentou a demanda por informações para o cuidado ao paciente, para o desenvolvimento de pesquisas, para a formação dos profissionais, para produção científica, para a gestão hospitalar. É o que afirma Amanda Damasceno de Souza, bibliotecária clínica do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte.

“Bibliotecário clínico é o profissional que atua na biblioteca hospitalar, com a organização e disseminação de informações, junto à equipe médica na busca por estudos relevantes e de qualidade para assistência aos pacientes”, explica Amanda.

Maria Marta Sienna, bibliotecária da Comissão de Bibliotecas Escolares e Públicas do Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB) diz que é importante que os profissionais estreitem os laços com a área da saúde. “As bibliotecas mais eficazes na oferta de informação sobre saúde ainda são as bibliotecas hospitalares, que possuem materiais informativos especializados e que podem desenvolver ações tanto para o corpo técnico e administrativo dos hospitais quanto para os pacientes”, diz.

A bibliotecária, que atua na Biblioteca Pública do Paraná, afirma que a biblioteca pública também se faz presente na área da saúde. “O papel da biblioteca pública é atender a diversos tipos de públicos, por isso tem colaborado no esclarecimento da população sobre saúde pública, por meio de informações úteis sobre UPAs, divulgação de doenças e pandemias, palestras na área da saúde e campanhas de leitura, tanto informativa quanto de lazer”, explica Maria Marta.

Informações sobre a Covid-19

Dentro do contexto da pandemia de Covid-19, o bibliotecário clínico tem a importante função de sistematizar e buscar recursos de informação sobre a doença e disponibilizá-los para as equipes médicas.

De acordo com Amanda, a disseminação do novo coronavírus gerou uma necessidade urgente de informação para a tomada de decisão e para a realização de pesquisas, assim como aumentou a demanda por levantamentos bibliográficos, solicitação de artigos científicos e assessoria na elaboração de projetos de pesquisa. “Isso se deve à necessidade constante da equipe médica se atualizar e realizar pesquisas para o enfrentamento da doença”, diz.

Maria Marta diz que nunca se escreveu tanto e nunca se pesquisou tanto numa pandemia. “Isso é possível observar devido ao fluxo de informações que se vê sobre a Covid-19 no mundo todo. Neste cenário, também é de extrema relevância a atuação do bibliotecário na área da saúde, pois é ele quem faz a gestão da informação, otimizando seu fluxo e sendo o mediador na construção do conhecimento das pessoas”, reforça.

Amanda relata que o volume de publicações sobre a Covid-19 cresceu de forma exponencial nos últimos meses e iniciativas de acesso aberto a essas publicações contribuíram para a tomada de decisão no enfrentamento da pandemia. “Com isso, cabe ao bibliotecário auxiliar as equipes de saúde na busca pelos estudos mais relevantes. Além disso, é importante que o bibliotecário identifique as principais fontes de informação e auxilie a equipe médica na utilização dessas fontes”, conclui.

Sobre o Conselho Federal de Biblioteconomia

O Sistema CFB/CRB é composto pelo Conselho Federal de Biblioteconomia e pelos Conselhos Regionais de Biblioteconomia. O objetivo do Sistema CFB/CRB é atuar em prol da sociedade brasileira por meio da sua principal missão: fiscalizar o exercício profissional do bibliotecário, cuja operacionalização é feita pelos Conselhos Regionais. Para o Sistema CFB/CRB um país aparelhado com bibliotecas contribuirá na formação de cidadãos esclarecidos, críticos e participativos, condição sine qua non para o progresso de uma nação. caroline@apexagencia.com.br

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