É consenso que a área de transporte no Brasil é uma das mais poluentes, sendo vilã quando nos referimos a emissões de gases de efeito estufa. Segundo estudo realizado em 2018 pela Universidade de São Paulo – USP, os veículos movidos a diesel, como caminhões e ônibus, são responsáveis por cerca da metade da concentração de compostos tóxicos na atmosfera. De acordo com WIR Brasil Cidades Sustentáveis (2015), as emissões provenientes dos transportes devem dobrar até 2050.
Preocupado no transporte consciente e em trazer soluções que minimizassem a eficiência no setor e ao mesmo tempo, buscando sustentabilidade, ou seja, equipamento combustíveis alternativos e tecnologias menos poluentes, a Diamante, que está no mercado brasileiro de transporte de cargas há 50 anos, investiu em soluções que minimizassem os efeitos causados pelas suas operações, tornando-os sustentáveis.
Segundo Caio Cantú, diretor-executivo da Diamante, o processo teve início no segundo semestre de 2020, motivado em expandir ainda mais as ações que a empresa já vinha adotando há algum tempo. “Há vários anos, todo os nossos veículos passam por inspeções periódicas de emissão de fumaça, que atestam o cumprimento dos padrões internacionais de emissão de gases. Além disso, fazemos os laudos de descarte dos pneus sucateados junto às empresas homologadas para promover sua destinação correta, assim como com os lubrificantes. Mas estávamos em busca de um projeto que tivesse um impacto ainda maior em nossas iniciativas”, salienta.
“Nossa preocupação sempre foi em trazer para empresa soluções que minimizassem emissões de poluentes”, pontua Caio. Com as mudanças que o transporte no mundo vem sofrendo, com a disponibilidade de tecnologias que buscam aumentar a eficiência no transporte, seja na melhoria na capacidade de carga dos caminhões, combustíveis alternativos e tecnologia menos poluentes, a Diamante busca sempre estar investindo e acompanhando essas mudanças. “Nossos caminhões já possuem tecnologia de ponta, que visam a redução da emissão de gases poluentes, e nesse ano, que completamos 50 anos de atuação, decidimos dar um passo significativo na nossa história, contribuindo para um mundo mais sustentável. Com isso, colocamos em prática nosso projeto que foi batizado como “Carbono Zero””, explica Caio.
O projeto Carbono Zero está baseado no levantamento total de gases emitidos pelas operações dos caminhões da Diamante no primeiro semestre de 2020, utilizando metodologia própria, reconhecida internacionalmente, para a conversão de diesel utilizado e quilometragem rodada.
Para certificação, a Diamante contou com a ajuda da empresa de consultoria Biofilica, onde foi desenvolvido o projeto e identificado a área de floresta que deverá ser preservada, levando em conta o total de gases emitidos. Após isso, foi feito o trâmite legal de certificação dessa área e emissão de toda a documentação que garante que os créditos foram apresentados. Ou seja, que a área foi preservada pela Diamante a fim de neutralizar o volume de gases emitidos no período avaliado.
A escolha da empresa certificadora, de acordo com Caio, levou em conta alguns requisitos, como seu reconhecimento de mercado, metodologia certificada e auditada por órgãos internacionais e garantia real de que o volume de gases compensados pelos créditos de carbono tivesse registro e controle de que foram apresentados. “Buscamos algo concreto que nos trouxesse a segurança de atrelar a nossa marca a um projeto com credibilidade internacional”, pontua.
O projeto da Diamante apoia uma área da Amazônia que possui uma grande importância na manutenção do clima do nosso planeta. “Mas entendemos que os benefícios são enormes quando as empresas investem em projetos que buscam essa preservação em qualquer floresta de qualquer região do mundo. Não basta uma ação pontual, tem que ter um comprometimento perante o tema”, reforça Caio.
O selo Carbono Zero, conquistado pela Diamante, atesta que 100% dos gases emitidos pelas operações de transporte da empresa ao longo do primeiro semestre de 2020 foram neutralizados. Para 2021, a empresa mantém o projeto ativo, com a realização do levantamento dos dados de emissão do segundo semestre do ano passado e promover a sua neutralização.