Setor de tecidos, vestuário, calçados e acessórios é o único a revelar retração
Os dados do Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian mostram que fevereiro de 2021 teve alta de 0,2% quando comparado com o mês anterior. No entanto, para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, esse crescimento não significa um alívio para os comerciantes. “Mesmo com a expansão é preciso analisar todo o contexto, pois o aumento de fevereiro não é suficiente para compensar a queda de 1,1% registrada em janeiro de 2021”.
Quando feita a análise por segmentos, é possível observar que todos os setores impulsionaram o crescimento do índice, exceto o de tecidos, vestuário, calçados e acessórios, que foi o único a registrar baixa, marcando queda de 0,8%. O setor de móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática se destaca com o maior crescimento, de 1,0%. Confira:
De acordo com Rabi, com o aumento da inflação e os cortes no auxílio emergencial, medida que foi fundamental para a recuperação do varejo a partir de maio de 2020, estamos vivenciando um momento em que os hábitos de consumo focam naquilo que é mais essencial, como equipamentos para contribuir com o conforto de casa ou com o home office, por isso a compra de produtos de vestuário é, definitivamente, um gasto que pode ser adiado.
“Tendo em vista o agravamento do cenário de saúde do brasileiro relacionado a Covid-19 e a reintrodução das medidas de distanciamento social em várias regiões do país, é possível concluir, devido ao baixo desempenho do primeiro bimestre do ano, que os varejistas ainda terão muitos desafios econômicos pela frente”, finaliza o economista.