Em alta nos projetos de arquitetura e decoração, o azul virou um dos novos queridinhos no momento, compondo mobiliário, revestimentos e objetos de vários ambientes
As cores que escolhemos para o lar influenciam nosso estado de espírito e refletem e, muito, a nossa personalidade. Cada vez mais os moradores estão optando por deixar suas residências mais alegres e divertidas, fugindo dos acabamentos convencionais em mobiliário, pisos, paredes e objetos. Com isso, o azul acabou se tornando uma das escolhas preferidas, pois transmite calma, tranquilidade e segurança. A experiente arquiteta Fernanda Campiolo, a frente do escritório que leva seu nome, ensina como usar esse tom em diferentes ambientes e superfícies.
Por ser uma alternativa versátil, o azul vai bem em qualquer estilo de decoração em vários ambientes. Suas graduações de tons abrem um leque de possibilidades na hora de compor os espaços. “Numa nuance mais clara, ele deixa os ambientes mais leves e calmos. Já uma tonalidade mais escura traz formalidade e sobriedade para o projeto”, comenta a arquiteta Fernanda.
Segundo Fernanda Campiolo, podemos adotar o azul em elementos que queremos destacar nos ambientes, caso de marcenaria, sofá e tapete. Mas é preciso moderação na hora de aplicá-lo nos cômodos. “Convém usar um item de cada vez, pois ao elegermos vários elementos o ambiente se tornará monocromático e podemos perder a função de destaque do azul”, conta a arquiteta. “Ele é bem-vindo em todos os ambientes, desde que seja de uma forma delicada e sutil ou até mesmo para realçar algo, mas sempre tentando não sobrecarregar. Assim como qualquer outra cor”, acrescenta a profissional.
Podemos combinar o azul com outras tonalidades sem que ele perca o protagonismo do local. O mais tradicional é a combinação com o branco, uma das primeiras cores que vem à nossa mente quando pensamos num resultado harmônico. O cinza pode trazer um ar de modernidade se combinarmos com o azul e, por ser mais neutro, dá destaque para móveis e objetos azulados. Também é possível fazer combinações mais ousadas com cores quentes, caso do vermelho. “Em nossos projetos, busco fazer uma combinação complementar do azul com o laranja ou então usar sua cor análoga, que é o verde ou o roxo. Assim damos mais personalidade para o ambiente e saímos do obvio”, ressalta a arquiteta Fernanda Campiolo.
A combinação do azul com o mobiliário é outro ponto importante que precisa ser avaliado. Peças com design clássico ou de madeira com acabamentos claros são boas opções para harmonizar com o interior de casas e apartamentos. Quem tem medo de ousar pode adotar o azul apenas em objetos, como vasos e quadros, ou móveis menores, como mesinha lateral, pufe e etc. “Vale recorrer as nuances diferentes da cor em itens decorativos, como mantas e almofadas, além de poder brincar com infinitas estampas, como listras, florais, círculos e até mesmo elementos geométricos”, comenta Fernanda Campiolo.
Independentemente do tom, uma dica é usar a luminosidade a nosso favor. Em lugares que dispõem de pouca luz natural, o azul mais claro ajuda a deixar o ambiente suave, trazendo a sensação de bem-estar, ao contrário dos tons mais escuros que, adotados em muitos itens ou peças maiores, costumam sobrecarregar o visual. “Em nossos projetos, quando temos itens de decoração em azul, gostamos de deixar a iluminação mais aconchegante possível, com luzes de 2.700K para equilibrar o resultado”, ressalta a arquiteta Fernanda.
Para a arquiteta, a única restrição dessa cor seria apenas de não usar em excesso para não cansar visualmente, mas ela pode estar em diferentes situações. Apesar de ser uma cor relativamente fria, o azul é uma das mais usadas, atualmente, por trazer um efeito calmante e sensações positivas. Geralmente, os moradores que aderem ao azul são pessoas criativas e querem sair do lugar comum.
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