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Diferença entre nascimentos e óbitos cai 92% e atinge o menor patamar da história no Paraná

Comparação com março de 2020 mostra o impacto da pandemia no Estado e fez com que a diferença entre nascidos e mortos chegasse a apenas 11% no último mês

Diferença entre nascimentos e óbitos cai 92% e atinge o menor patamar da história no Paraná
Image by 12222786 from Pixabay

A alta no número de mortes no Paraná no mês de março provocou um fenômeno inesperado no Estado: a aproximação recorde entre os números de nascimentos e óbitos, que atingiu o menor patamar da série histórica do Registro Civil, iniciada em 2003. Com 12.957 nascimentos e 11.724 óbitos, a diferença entre ambos ficou em apenas 1.233 atos, o que equivale a 11%, e uma redução histórica de 92% desde o início da pandemia em março de 2020.

Os dados constam do Portal da Transparência do Registro Civil (https://transparencia.registrocivil.org.br/inicio), base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.

A diferença entre os dois atos já vinha caindo ao longo do tempo, mas acelerou vertiginosamente com a pandemia causada pelo novo coronavírus. Em 2003, no início da série história esta diferença era de mais de 170%, baixando para 140% na década de 2010 e abrindo 2020 com diferença na casa dos 120%. Com o início da pandemia, baixou para 103% em março, caindo para 68% em julho, 49% em dezembro e agora chegando à menor diferença já registrada, 11%.

“Percebemos nos Cartórios de Registro Civil esta diferença gritante que aconteceu no mês de março, onde os óbitos subirem exageradamente”, disse a presidente do Instituto do Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do Paraná (Irpen/PR), Elizabete Regina Vedovatto. “Para se ter uma ideia, no Cartório onde atuo fazíamos em média três, quatro óbitos no mês, euquanto que neste mês fiz mais de 30 registros de óbitos”, completou a registradora que atua na cidade de Colombo.

Já no Brasil, a alta no número de mortes no mês de março provocou um fenômeno inesperado no país: a aproximação recorde entre os números de nascimentos e óbitos, que atingiu o menor patamar da série histórica do Registro Civil, iniciada em 2003. Com 227.877 nascimentos e 179.938 óbitos, a diferença entre ambos ficou em apenas 47.939 atos, o que equivale a 27%, e uma redução histórica de 72% desde o início da pandemia em março de 2020.

 dieneffersantos@infographya.com

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