Saiba quais são 10 situações que podem gerar estresse em seu animal

O estresse não é um sentimento exclusivo dos seres humanos. Alguns pets também podem desenvolver o quadro, que usualmente está associado a mudanças no ambiente. Desse modo, toda situação que exige uma quebra na rotina dos bichos e os tiram da zona de conforto exige atenção.

O médico veterinário do plano de cuidado domiciliar My Pet, Daniel Cooper, explica que se avaliarmos o estresse de um ponto de vista fisiológico, constatamos que há liberação de algumas substâncias químicas, como a adrenalina, por exemplo. “A natureza dos pets faz com que eles acionem gatilhos como mecanismos de luta e fuga. Assim, quando eles são colocados em estado de alerta, seja por medo ou insegurança, acabam transmitindo esse estresse por meio de comportamentos inadequados”, explica.

É possível dizer que o comportamento dos animais de estimação geralmente está ligado ao seu estilo de vida, bem-estar e relacionamento com os tutores. Dependendo da situação a qual são expostos, alguns começam a latir e miar em excesso, enquanto outros vomitam, fazem as necessidades em locais errados ou passam a se coçar frequentemente.

“Os cães mudam nitidamente o comportamento, podem se tornar mais agressivos, agitados, com latidos frequentes, assim como apresentar perda de apetite, o que também é manifestado nos gatos”, explica o dr. Cooper. De acordo com ele, os gatos são mais sensíveis a essas mudanças, sendo mais difícil notar as variações de comportamento. Contudo, a movimentação da cauda é um sinal. “Eles começam a abanar de forma mais intensa, assim como miar excessivamente”, diz.

Para que isso seja resolvido, é fundamental que o animal de estimação tenha acompanhamento de um médico veterinário, pois apenas ele é capaz de confirmar o prognóstico e indicar o tratamento ideal. Por isso, consultas regulares ao veterinário são extremamente importantes para manter a saúde do pet em dia.

Mas, mesmo com o tratamento veterinário adequado, é preciso estar atento às atitudes do pet, compreender e respeitar suas necessidades e situações que podem ser gatilhos ao estresse. Por isso, listamos 10 situações importantes para serem observadas no dia a dia com seu animal de estimação.

1. Longos períodos sozinhos
Se o pet precisa passar algum período sozinho, é importante enriquecer o ambiente para que ele possa se distrair enquanto o tutor estiver fora. Gatos geralmente são mais independentes, por isso, a solução é importante principalmente para cachorros, que costumam sentir mais a falta de companhia. Dessa forma, disponibilizar brinquedos ou dispositivos recheáveis são boas alternativas, pois isso estimula a mente do animal e reduz o estresse.

2. Mudança brusca na rotina
Conforme o veterinário Daniel Cooper comenta, o estresse geralmente decorre da mudança de ambiente. Portanto, uma mudança brusca na rotina pode ser um gatilho para isso. No entanto, o veterinário chama atenção para a diferenciação do estresse entre as espécies. “Cães tendem a ser mais adaptáveis a mudanças na rotina, diferente dos gatos, por exemplo”. Dessa forma, viagens, passeios de carro e passeios em locais com aglomerações, na maioria das vezes, é agradável ao cão. Contudo, para o gato, esse tipo de interação é muito desgastante, já que preferem a rotina.

3. Andar de carro
Nem todos os animais tendem a se acostumar com passeios de carros. Embora cães sejam mais propícios ao hábito do passeio, alguns chegam a um nível de ansiedade e estresse que pode tornar uma simples ida ao veterinário em um verdadeiro desafio. Nesse sentido, atendimento em domicílio é a melhor alternativa. Atualmente, existem planos que desempenham bem essa função. Um exemplo é o My Pet, plano de atendimento veterinário domiciliar que leva o serviço de saúde para dentro da casa do tutor, proporcionando comodidade, segurança e conforto aos proprietários e cuidado e segurança ao pet, pois oferecem suporte de urgência e emergência 24h, além dos atendimentos de rotina.

4. Fogos de artifício
A sensibilidade auditiva dos pets faz com que eles sofram com o estampido dos fogos. Embora tenha sido sancionada uma lei que proíbe fogos de artifício com barulho em Curitiba (Lei 15.585/2019) no último dezembro, foi comum ouvi-los na passagem de ano de 2020 para 2021. Para driblar o medo nos bichinhos, ações como usar protetores articulares e preparar um espaço protegido com um objeto que tenha o cheiro dos tutores fará com que eles se sintam mais seguros.
Além disso, mostrar indiferença ao comportamento do medo, oferecendo recompensas e ficando por perto poderá ser ótima alternativa com cães. No caso dos gatos, é comum que eles se escondam. Portanto, esteja atento às redes de proteção nas janelas, às portas fechadas e evite chamá-los para evitar ainda mais estresse.

5. Espaço
Ainda falando em ambiente, o espaço também é muito importante de ser observado, principalmente de acordo com o porte do animal, pontua o dr. Cooper. “Cães grandes precisam de mais espaço para liberar a energia. Animais que vivem confinados em canis ou em espaços pequenos, onde não podem se exercitar e explorar o ambiente, geralmente tendem a apresentar um comportamento mais hostil, deprimente, ou até mesmo agir com agitação e agressividade. Além disso, é bem importante a relação de espaço e quantidade de pets no mesmo local”, garante.

6. Novos membros na família
O item anterior puxa o gancho para outro exemplo que pode gerar estresse nos felinos, que é a introdução de novos coabitantes. “Esse trabalho deve ser feito de forma muito acompanhada. Os gatos são animais que convivem em bando na condição natural, mas pontuam uma disputa por território onde a hierarquia vai acabar sendo estabelecida”, explica o veterinário.
Alguns animais se adaptam facilmente e, em pouco tempo, essa condição já acaba sendo definida. Porém, outros custam muito para se adaptar. Esse pode ser mais um motivo de estresse, ou seja, o que era pra ser algo bom pode causar mais desconforto do que bem-estar. Mas também é necessário estar atento a animais sozinhos e que, de acordo com sua condição natural, precisariam conviver em bando.

7. Isolamento social
Alguns bichinhos também podem estar sofrendo com o regime de quarentena imposto para conter a transmissão da Covid-19. Lamber as patas excessivamente, fazer xixi no lugar errado e latir em demasia são alguns dos sinais em cães. O ideal é que o passeio na rua seja mantido, sempre levando em conta as recomendações das autoridades em relação à pandemia. Além disso, dar mais atenção ao bichinho e brincar com bolinhas são ótimas formas de interagir.

8. Pós-quarentena
Durante o período de isolamento social, o convívio dos tutores com os pets se intensificou. Em contrapartida, após a pandemia, muitos devem voltar à rotina normal, mudança que será sentida pelos animais de estimação. “Hoje, existem serviços de creche para cães e serviços de Dog Walker. Eles podem auxiliar a minimizar esse sentimento de separação, que ocorre principalmente com os cães”, pontua o médico veterinário, indicando os serviços como ótima opção para animais únicos.
“Juntamente a isso, com as mudanças nos conceitos de trabalho, muitas empresas também podem aderir à introdução de ambientes para pets no trabalho, algo que muitas já fazem e para os cães é muito positivo”, sugere.
Já para os felinos, o veterinário indica que o enriquecimento ambiental pode ser uma oportunidade perfeita para adaptação de uma nova rotina. Entre os exemplos do que pode ser inserido estão prateleiras de escalagem, arranhadores e brinquedos.

9. Traumas
Alguns comportamentos podem ser oriundos de traumas passados. Dr. Copper explica que assim como nós, o efeito que isso gera é uma reação de medo, pânico e até mesmo agressividade.
Segundo o profissional, existe uma área de comportamento animal que auxilia muito nesse processo de retirar os traumas e ressignificar os sentimentos passados. E, em muitos casos, algumas ações aplicadas ao pet podem reverter esses traumas. “O trabalho deve ser feito de forma muito respeitosa ao passado do animal, com muita paciência e capacitação para que esses quadros não se tornem mais graves se feitos da maneira errada. Por isso, é importante que seja feito pelo profissional veterinário capacitado na área de comportamento”, afirma.

10. Falta de consultas periódicas
O estresse, conforme explica o médico veterinário Daniel Cooper, desencadeia uma reação fisiológica e, consequentemente, isso influencia na saúde dos animais. “Em resumo, o estresse gera uma diminuição na imunidade dos pets e pode levar a doenças ou mesmo piorar doenças já estabelecidas”.
O tratamento geralmente é feito com base na intensidade do quadro e no quanto isso representa ao bem-estar do animal de estimação. “Alguns pilares são trilhados para que o veterinário encontre o melhor tratamento, ou seja, entenda quais são os gatilhos que levam o pet a ter sinais de estresse, como é o ambiente, quanto isso reflete no comportamento e gera alterações fisiológicas que precisam ser acompanhadas”, afirma dr. Cooper.

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