Novos tratamentos de Parkinson podem proporcionar sobrevida de até 20 anos

Diagnóstico precoce é fundamental para a qualidade de vida do paciente

Abril é o mês de conscientização em relação ao Parkinson, doença degenerativa, crônica, que causa rigidez muscular, tremor, dificuldades para andar e movimentar o corpo. De acordo com o estudo Global Burden of Disease, trata-se de um dos distúrbios neurológicos mais prevalentes.

Nas últimas duas décadas, a expectativa de vida da população aumentou em seis anos, com isso, a tendência é que o Parkinson seja cada vez mais incidente, por ser uma doença mais comum na terceira idade. Além disso, outros fatores como a pré-disposição genética, traumas cranianos repetitivos, assim como vida rural com exposição aos agrotóxicos, o alto consumo de produtos como pesticidas, solventes e o contato com alguns metais pesados, também podem contribuir para o surgimento da doença.

Segundo o assessor médico do Grupo FQM e neurologista, Dr. Willians Lorenzatto, o quadro se desenvolve em razão de uma disfunção química no cérebro, que causa uma alteração em sua atividade.  “Na doença de Parkinson, há uma morte de neurônios da substância negra, que produzem dopamina e desempenham papel importante na manutenção do movimento motor”, esclarece.

Logo no início da doença, o paciente pode apresentar alguns sinais como a dificuldade em atividades básicas (comer, andar e falar). Ainda, é comum que apresente depressão e outras alterações psíquicas. Aos primeiros sintomas, a avaliação clínica de um neurologista é essencial para o diagnóstico da doença.

Quanto mais cedo o quadro é descoberto e tratado, melhor. De acordo com o Dr. Lorenzatto, novas terapêuticas têm proporcionado uma sobrevida de 15 a 20 anos. “O tratamento da doença de Parkinson é com medicamentos, equipe multidisciplinar: fisioterapia, fonoaudiologia, nutricionista, enfermeira e, em alguns casos, cirurgia. Existem vários medicamentos para a melhora dos sintomas. A terapia é individualizada e muda no decorrer do tempo.”, explica.

Apesar do aumento na expectativa de vida do paciente, os procedimentos não têm o poder de cura, mas proporcionam maior qualidade de vida para a pessoa com Parkinson. O especialista ainda aconselha que haja uma preocupação com a rotina do indivíduo, para que se tenha alimentação equilibrada e pratique exercícios físicos.

 elenicecostola@waycomunicacoes.com.br

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