Região dos Campos Gerais prevê criação de mais de mil postos de trabalho com novo projeto de maltaria
O estado do Paraná fechou o primeiro trimestre de 2021 com a criação de mais de 78 mil vagas formais de trabalho, mesmo durante a pandemia da Covid-19. O resultado, divulgado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, corresponde a 9% de toda a geração de empregos com carteira assinada no país, quarto melhor rendimento entre os estados brasileiros, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina.
A tendência de fomento ao mercado de trabalho paranaense está em movimento ascendente e pode ser percebida também nos Campos Gerais. Em março deste ano, as cooperativas Agrária (Guarapuava), Bom Jesus (Lapa), Coopagrícola (Ponta Grossa), juntamente às três cooperativas que fazem parte da Unium (Frísia, Castrolanda e Capal), anunciaram a construção de uma maltaria na região, que deverá gerar mais de mil empregos diretos e indiretos.
O projeto, estimado em aproximadamente R$1,5 bilhão, deverá produzir cerca de 240 mil toneladas de malte anualmente, volume que hoje corresponde a 15% de todo o mercado nacional. Com isso, o potencial de plantio de cevada nos Campos Gerais poderá atingir 100 mil hectares por ano e beneficiar mais de 12 mil cooperados. “Em um momento tão difícil da economia do mundo todo, aqui no Paraná podemos ver a força das cooperativas com a união dessas seis marcas. É um projeto fantástico, ambicioso, que consolida o Paraná como grande berço da produção de cevada no País. Investimento que vai gerar mais empregos e atrair novas indústrias cervejeiras para o estado”, afirma o governador Ratinho Junior sobre a iniciativa.
Empregabilidade no cooperativismo
Segundo o levantamento Cenário Cooperativismo Paraná, publicado pela Ocepar em dezembro do ano passado, o estado conta com 217 cooperativas, que empregam 117.929 colaboradores, além de estarem ligadas a 2.481.240 de cooperados, números que revelam a importância do segmento para o fomento da geração de empregos. Além disso, com princípios de coletividade e crescimento conjunto, grande parte das instituições da área prioriza a mão de obra local. “Seguindo os valores e princípios que o cooperativismo prega, gerar empregos dentro da região é também alavancar seu próprio negócio, já que uma economia forte é sempre vantajosa para a sociedade como um todo”, explica o coordenador em gestão de pessoas da Alegra, Ray Charlys Torres.
A Alegra, indústria de derivados de carne suína da região dos Campos Gerais, que também faz parte da Unium, é um exemplo da priorização de colaboradores locais. Com um quadro de funcionários composto por 1.650 empregados, mais de 97% são profissionais das cidades de Castro, Piraí do Sul, Carambeí e Ponta Grossa. “A Alegra é uma unidade de negócio que impacta mais de duas mil famílias, pois oferece emprego a colaboradores, terceiros e fornecedores. Damos preferência para profissionais da região e sabemos que os benefícios e salários possibilitam melhores condições de vida para todos os envolvidos na cadeia produtiva”, finaliza Charlys.