Paraná é o quinto em geração de empregos no segmento e a expectativa é crescer mais com linha de financiamento do Banco do Agricultor Paranaense
Em um momento em que o Brasil enfrenta o desemprego e problemas econômicos, a geração distribuída solar fotovoltaica vai na contramão. De acordo com dados da ABSOLAR, somente em 2020 foram gerados mais de 76 mil empregos em todo o país. Para este ano, a expectativa é abrir mais de 118 mil vagas. O Paraná ocupa a quinta posição em geração de postos de trabalho: desde 2012 foram criados mais de 8.500 empregos.
O estado é o território com melhor irradiação solar do sul do país, principalmente as regiões Norte, Noroeste e Oeste e as cidades com maiores potências de energia solar instaladas são Maringá, Londrina, Cascavel e Foz do Iguaçu. “A tecnologia fotovoltaica tem um enorme potencial de crescimento no Paraná, o que contribui para uma geração de empregos e atração de investimentos ainda maiores”, avalia Liciany Ribeiro, coordenadora da ABSOLAR no Paraná.
Junto com os empregos, chegam também os investimentos. A geração distribuída solar fotovoltaica já atraiu mais de 26 bilhões de investimentos privados em todo o Brasil desde 2012, com os paranaenses contribuindo em R$ 1,5 bilhão desse total, além de arrecadar 6 bilhões de tributos, sendo 355,3 milhões somente no Paraná.
Esperança de crescimento
Até 2019, o Paraná ocupava a quarta posição em geração distribuída e potência instalada e também na geração de postos de trabalho. Atualmente, perdeu uma colocação e está no quinto lugar. Mas, pode voltar a crescer. Um dos motivos é o programa de crédito exclusivo com juros subsidiados lançado pelo governo do estado no dia 27 de abril, com a criação do Banco do Agricultor Paranaense. Foi anunciado que projetos de energia fotovoltaica poderão ser financiados com limite equalizado de até R$ 500 mil.
De acordo com o que foi informado, programas de apoio à irrigação e de fomento com uso de fontes de energia renováveis, negociadas com o Banco do Agricultor Paranaense, terão equalização integral das taxas de juros em contratações efetivadas até 31 de dezembro de 2022.
Foi previsto também subvenção para operações em obras civis, aquisição de materiais e equipamentos e na elaboração de projetos de geração de energia de fontes fotovoltaicas e outras sustentáveis, o que traz esperança para o setor voltar a crescer no estado. “A gente vê com muito bons olhos esse incentivo porque o importante é baratear o produto paranaense e a energia é um dos componentes mais caros para o produtor. A energia fotovoltaica vem como uma alternativa de energia limpa, renovável e que pode apresentar um custo de investimento mais baixo. Por isso, é importante receber esse incentivo. Com incentivos como esse, proporcionado pelo Banco do Agricultor, podemos voltar a crescer, gerar empregos e dividendos para o Estado”, considera Liciany Ribeiro.