Mães e filhas que se complementam na profissão: uma relação familiar de sucesso

Veja histórias de duas filhas com profissões diferentes, mas com o mesmo sentimento: orgulho da mãe

Mães e filhas que se complementam na profissão: uma relação familiar de sucesso
Beatriz e Thábata, legado de mãe para filha
Arquivo pessoal

A escolha de uma profissão geralmente é cercada de dúvidas e incertezas, mas elas se desfazem quando recebem o apoio da pessoa certa. A ação ganha novo significado se seguir os caminhos daquela que sempre está conosco: a mãe. Beatriz do Rocio Gulin Guarinello trabalhou por mais de 40 anos no Grupo Noster, fundado por seu pai na década de 40.

O Grupo, composto por diversas empresas, segue de forma rigorosa os princípios da Governança Corporativa, garantindo uma gestão profissional para oferecer a segurança necessária aos negócios e garantir uma passagem tranquila para a próxima geração de acionistas do Grupo.

Thábata Gulin Guarinello, seguiu os passos da mãe e logo aos 16 anos já assinou o primeiro acordo de acionistas do grupo. “Desde cedo, eu e meus primos fomos incentivados a entender dos negócios, entender sobre governança corporativa e se preparar para futuramente ser um acionista no Grupo” conta.

Para ter tanta clareza do que queria para sua vida profissional, Thábata teve como exemplo, Beatriz. “Desde criança, ia para o escritório com a minha mãe e sempre via o amor com que ela se dedicava, o cuidado com as pessoas e com o legado do meu avô. Aos 17 anos iniciei meus estágios nas empresas do grupo e hoje tenho muito orgulho de trabalhar no Grupo e estar onde estou. E foi com esse exemplo que cresci tanto pessoal como profissionalmente”, relata.

Em abril de 2021, aos 62 anos, Beatriz se aposentou, mas deixou Thábata pronta para atuar em algumas áreas ocupas por ela anteriormente. “É muito gratificante ver que ela sente amor e carinho e ama o que faz. Quando me aposentei fiquei feliz e tranquila, sabendo que meu trabalho de 45 anos vai ser continuado”, ressalta.

Quem também seguiu os passos da mãe foi a depiladora Karen Goulart Ramos que trabalha na área há mais de 10 anos, depois de ver a mãe Schirlei de Fátima Goulart, 61 anos, cuidar dos quatro filhos atuando na área.

“Eu sou formada em administração e sempre vi minha mãe atuando na área. Ela me ajudou na faculdade trabalhando como depiladora. Depois que me formei, sempre atuei na área de hotelaria, mas logo que sai de uma grande rede descobri que estava grávida. Foi então que despertei meu interesse pela depilação, já que poderia ter um rendimento”, destacou.

Karen aprendeu com a mãe a depilar e hoje dividem a mesma sala na maior rede de salões próprios de Curitiba, o Expert Beauty Center. Além do espaço, elas compartilham também experiências, conselhos e até broncas. “Desde que ela começou a me ensinar pegou muito no meu pé, ela observa os mínimos detalhes, até o branco da roupa que usamos. Minha mãe é sempre meu exemplo”, elogiou.

Thábata e Karen, por mais que tenham profissões diferentes, compartilham do mesmo sentimento: orgulho da mãe.

 

Rotina

Mães e filhas que se complementam na profissão: uma relação familiar de sucesso
Karen e Schirley dividem o mesmo espaço de trabalho
Arquivo pessoal

Trabalhar juntas, dividir o mesmo espaço e até mesmo ter a mesma profissão, requer cuidados já que as relações tanto profissionais quanto pessoais podem se desgastar. De acordo com a psicóloga da Paraná Clínicas, Ana Paula Zanardi, é preciso respeitar os limites. “Independente de mãe e filho terem a mesma profissão ou trabalharem no mesmo ambiente, essa relação precisa ser formal”, aconselhou.

Segundo Thábata, ela e a mãe possuem um combinado. “Desde que comecei a trabalhar, eu e minha mãe combinamos de não falarmos de assuntos profissionais em casa, para que assim, pudéssemos ter uma separação de profissional e pessoal”, frisou.

Já Schirley e Karen, precisam trocar experiências continuamente, mas sempre com muito cuidado. “Eu tenho o meu jeito e a minha mãe o dela, então, não podemos exigir uma da outra que o trabalho seja idêntico e sempre que possível, deixamos isso bem claro para as clientes”, afirma.

A psicóloga destaca ainda que as mães, por mais que sempre procurem o melhor para os filhos, devem os deixar livres para realizarem as suas próprias escolhas.  “As mães podem possibilitar abertura para diálogo entre a família sobre o processo de escolha profissional dos filhos, como também auxiliá-los na conscientização de suas características, qualidades, perfis, mercado de trabalho, etc. Se perceberem que há uma imaturidade ou incerteza para a escolha, um processo de orientação profissional pode ser eficaz. O que pode não ser funcional é a mãe influenciar a escolha de acordo com suas próprias necessidades, desejos ou frustrações. Cabe a mãe perceber quando a escolha diz mais sobre ela do que o filho”, finaliza.

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