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Novo Parque Tecnológico da UTFPR é lançado em Medianeira

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Empreendimento será um dos maiores polos socioeconômicos da região e poderá receber até 50 empresas que, unidas em um único ecossistema, colocam o oeste do Paraná em evidência.

A cidade de Medianeira, no oeste paranaense, é sede do primeiro Parque Científico e Tecnológico da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). O empreendimento é o primeiro dos 13 campis da instituição existentes no estado neste formato e tem o objetivo de unir empresas privadas num mesmo ambiente em prol da pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico, focados em inovação na prática..

Para o presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação do Paraná (Assespro-PR), Lucas Ribeiro, a implantação do Parque significa valorizar as ideias que nascem pequenas, mas com potencial, e que podem fazer a diferença. Ele ressalta que o setor de tecnologia é um dos expoentes nacionais e que a vinda de novas empresas e profissionais é garantia de desenvolvimento. “Como entidade, colocamos a Assespro-PR à disposição do Parque. Parabenizamos o campus pela imensa conquista. Só posso dizer que a tecnologia é um caminho sem volta e um passo ao futuro”.

O prefeito de Medianeira, Antonio França, lembra que o município, por conta da Universidade, recebe estudantes de todo o país; logo, o Parque significa acolher as grandes ideias que despontam na academia, viabilizando projetos. “Além de oportunizar o desenvolvimento local com a geração de emprego e renda, o Parque estará produzindo soluções para questões e/ou demandas globais”, destaca. “O Parque Tecnológico é uma extensão que proporcionará meios e condições para a pesquisa, desenvolvimento e produção de tecnologia. Por isso, a nossa expectativa é muito grande. Estamos certos de que o nosso município será referência também na produção de tecnologia e, enquanto meio público, faremos todo o possível para contribuir”, complementa França.

Com 100 mil metros quadrados, o empreendimento poderá receber, em média, até 50 empresas. Com unidade de negócios, o Parque em pleno funcionamento será o terceiro maior polo socioeconômico regional, ficando atrás apenas de duas grandes cooperativas agroindustriais (ambas da cidade), cujo faturamento é estimado em mais de R$ 10 bilhões/ano. Poderão se instalar no Parque empresas iniciantes e quem já está em atuação. O espaço terá, ainda, laboratório de inovação e barracões para acolher as empresas maiores. A equipe da SWA Sistemas Acadêmicos, por exemplo, quer transformar o Parque em sua “casa”.

CEO da SWA, Leandro Scalabrin, terá no Parque a oportunidade de acelerar o crescimento da empresa

 

“O Parque é o ambiente perfeito para acelerar o nosso desenvolvimento. Eu acredito que esse ambiente, onde entra a parte acadêmica, é um passo para aproximar essa área com a empresarial. É uma solução enorme neste sentido”, conta o CEO, Leandro Scalabrin. A SWA nasceu em 2006, dentro da UTFPR. “Passamos pela incubadora e, agora, como egresso, estamos voltando ao Parque para implementar o processo de crescimento e expansão. Estamos voltando para um hangar com mais de 600 metros quadrados. Fui aluno da instituição, voltei como professor, saí da docência e agora empreendedor. O ambiente de inovação é o que nos motiva ao retorno”, conta.

As empresas têm um tempo longo de permanência no Parque até deixá-lo. A primeira concessão é de 20 anos, renovados por mais 20. Além de saírem preparadas para o mercado de tecnologia, enquanto “filhas” do empreendimento, mudam a realidade da comunidade. Esta é a visão que tem do espaço Flávio Feix, diretor-geral do campus UTFPR em Medianeira e do diretor de Relações Empresariais e Comunitárias, Antônio Luiz Baú. “A existência do Parque é dar oportunidade e ser um espaço gerador de conhecimento e de tecnologia, que vai trazer benefícios para as pessoas de modo geral. Isso, não só para a cidade, mas para toda a região”, diz Feix. “São novas vagas de trabalho, tanto para os graduados da Universidade quanto para outros profissionais e empresas. É a promoção da transferência de conhecimento, geração de novos produtos e serviços. É algo complexo, mas que culmina para o desenvolvimento econômico regional”, finaliza.

No mesmo viés, a secretária do Desenvolvimento Econômico de Medianeira entende que o Parque estabelece uma nova linguagem em desenvolvimento econômico e sustentável. “Mas, principalmente, para trazer negócios mais qualificados. Teremos não apenas as empresas de tecnologia, mas todas as outras ligadas a este tipo de desenvolvimento econômico visando a sustentabilidade e trazendo para o cotidiano da região as questões da inovação em todos os sentidos”, avalia Márcia Hanzen.

O Parque Científico e Tecnológico contemplará Hotel Tecnológico, Incubadora e, finalmente, a Aceleração e Expansão das Empresas. E quando se fala em inovação, não se trata exclusivamente de empresas de tecnologia. “Acontece muito mais no varejo, pode ser algo muito simples, como mudar a forma de atender, de fazer uma vitrine, de cumprimentar o cliente de maneira mais acolhedora. E as empresas de tecnologia devem ser parte do processo, e não todo o processo. Porque a demanda não está na empresa de tecnologia, mas numa joalheria ou numa loja de calçados”, comenta Scalabrin.

Do espaço, 4.500 m² são de obras já edificadas, além dos terrenos disponíveis para as empresas que desejam construir. O aporte é do Governo Federal (já foram investidos na estrutura mais de R$ 5 milhões). O Parque fica na avenida 24 de outubro, s/nº, na BR 277, km 671.

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