Documento preparado pelo Departamento de Economia Rural, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, mostra que o Dia das Mães é a principal data de comércio de flores e que, entre elas, a rosa é a preferida. No Paraná, Marialva é o principal produtor.
O Dia das Mães, comemorado no segundo domingo de maio, é a principal data para o comércio de flores. E, entre elas, a rosa é a preferida. A produção dessa flor como atividade agrícola é um dos temas do Boletim de Conjuntura Agropecuária, elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento, referente à semana de 24 a 30 de abril.
O consumo de flores e plantas ornamentais no Brasil normalmente está ligado a datas específicas. Um levantamento do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) mostra que o Dia das Mães lidera com 16% do comércio. É seguido pelo Natal, com 12%; Dia Internacional da Mulher e Dia dos Namorados, com 8%; Ano-Novo, que concentra 5% do negócio, e Finados, com 4%, entre outras.
Em relação às espécies mais apreciadas pelos brasileiros para presentear as mães, um estudo da Hórtica Consultoria e do Sindicato das Flores de São Paulo, feito em 2014, apontou as rosas, com 41% das preferências, bem à frente das segundas colocadas, as orquídeas e as flores envasadas, que são opção para 17% dos entrevistados. Logo depois vêm as cestas com flores diversas, como opção para 10% dos consumidores.
No Paraná, a floricultura gerou um Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de R$ 170,1 milhões em 2019. Desse montante, as rosas participaram com 3,3%, somando R$ 5,6 milhões. No Estado foram produzidas 606,7 mil dúzias de rosas naquele ano.
Os roseirais prosperam, principalmente, na região de Maringá, que responde por 93,2% da produção estadual. O grande destaque é o município de Marialva, com 82,4% do montante geral. Somente nessa região do Noroeste paranaense foram extraídas 565,6 mil dúzias de rosas, que geraram renda bruta de R$ 5,3 milhões.
FEIJÃO E MANDIOCA – A estimativa de área produtiva de feijão é de 252,1 mil hectares no Estado, 12% maior que a safra passada, de acordo com levantamento do Deral. O volume pode chegar a 394,1 mil toneladas, o que representaria aumento de 47% em relação ao ano anterior. A colheita atingiu, até esta semana, 3% da área total.
Como na semana anterior, nesta também ficou praticamente paralisada a colheita da mandioca, devido ao solo seco e endurecido. Com isso, já se observa muita perda de raízes, com consequente elevação no custo de produção e menor oferta de matéria-prima para as indústrias.
LÁCTEOS E MEL – O boletim registra, ainda, o crescimento de 61% na importação de lácteos pelo Brasil, em comparação com o primeiro trimestre de 2020. Por outro lado, as exportações aumentaram apenas 6%. Para os produtores, esse panorama é bastante prejudicial no que diz respeito à sustentação das cotações de preços.
Em relação à atividade da apicultura, no entanto, o cenário é diferente. No primeiro trimestre, houve crescimento de 83,7% na exportação de mel in natura, com o envio de 13,7 mil toneladas para o exterior. O Paraná destacou-se como o segundo maior exportador, com 3.286 toneladas, aumento de 51,6% em relação ao mesmo período de 2020.
OUTROS PRODUTOS – O documento preparado pelos técnicos do Deral faz um breve relato sobre o plantio quase total da segunda safra de batata. Sobre os grãos, registra que as condições climáticas afetaram negativamente a produção de soja, com quebra de quase 4% em relação à previsão inicial da primeira safra.
Do milho, as informações são de que a segunda safra sentiu os mesmos efeitos negativos e a redução está estimada, neste momento, em 16%. Já para o trigo, a projeção é otimista, com possibilidade de crescimento na área de 3% em relação à safra anterior, quando foram plantados 1,12 milhão de hectares.
Fonte: AEN