O Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian revelou a abertura de 343.811 novos negócios, uma expansão de 27,2% no comparativo entre fevereiro deste ano e o mesmo período de 2020. De acordo com o índice, as sociedades limitadas, formadas por dois ou mais sócios, impulsionaram o crescimento do mês registrando alta de 71,7%. Para os Microempreendedores Individuais (MEIs), que representam 80,3% do total de empresas criadas, o aumento foi de 30,1%, enquanto as empresas individuais marcaram 1,7%.
Dentre as mais de 300 mil empresas abertas em fevereiro de 2021, o setor de serviços fica com a maior representatividade, com 231.839 novos negócios. No entanto, na análise do comparativo anual, o segmento do comércio tem destaque com alta com 37,8%. Ainda na comparação interanual, todas as regiões do país tiveram alta. O Nordeste registrou a maior variação, com 37,1%. Em ordem decrescente estão o Sudeste (28,5%), Centro-Oeste (22,3%), Norte (21,6%) e Sul (19,6%).
Pesquisa realizada pela Serasa Experian em fevereiro deste ano mostra que, apesar dos desafios, muitos empreendedores brasileiros viram oportunidades durante a pandemia, principalmente para aprender novas modalidades de vendas e prestação de serviços.
De acordo com os dados, 73,4% dos empreendedores vendiam ou passaram a utilizar as vendas online para garantir o fluxo de caixa no período de pandemia. Questionados sobre os benefícios dessa atividade digital, os principais apontamentos foram, o aumento da exposição da marca, o maior alcance de clientes e a possibilidade de atendimento em diversas regiões. Por isso, 83,1% dos entrevistados pretendem continuar trabalhando com o auxílio do ambiente online. Outro recorte interessante foi o crescimento de 27,6% registrado para aqueles que estão investindo em novas tecnologias.
Outro estudo, também da Serasa Experian, sobre o impacto da pandemia de nos MEI’s descobriu que 2020 trouxe crescimento para 64 mil daqueles que abriram seus negócios em 2019. O estudo, realizado levando em conta 700 mil empresas abertas em 2019, mostrou que o crescimento foi de 9,1%, impulsionado principalmente pelo comércio: 10,8% desses tiveram ganhos acima do estipulado pela lei e mudaram de categoria. Em estudo semelhante, realizado em 2017, apenas 2,7% dos MEI haviam trocado de natureza jurídica.
Dados do levantamento apontam que aqueles que mudaram de categoria ficaram com mais dívidas negativadas do que aqueles que se mantiveram dentro das exigências da natureza jurídica – 20,2% contra 16,8%, respectivamente. Os dados mais recentes mostram que 5,9 milhões de empresas estão com contas atrasadas no país, sendo que as micro e pequenas representam 92,4% do total.
A pesquisa também considerou dados regionais, que mostram a Região Centro-Oeste como a mais próspera para os microempreendedores individuais. Ali, 10,6% dos que atuavam nesta categoria conseguiram mudar ao longo de 2020. Norte e Sul aparecem na sequência, ambas com 10,2%, seguidas por Nordeste (9,1%) e Sudeste (8,4%).